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Lançamento - Suzuki de volta ao Brasil

Marca japonesa anuncia retorno ao mercado nacional, sob nova direção: utilitário Grand Vitara começa a ser vendido em outubro e o jipe Jimny pode chegar este ano

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Modelo tem bons ângulos de ataque e saída, altura elevada em relação ao solo e linhas atraentes

De Mairiporã (SP) - A marca deixou de operar no país em 2003, alegando falta de parceria e cotação do dólar em torno de R$ 4. Retorna este ano sob a chancela da Suzuki Veículos Brasil, comandada pelo empresário Alexandre Câmara, associado ao Grupo Souza Ramos. Para levantar a marca, a intenção é ter em funcionamento 10 concessionárias no país até o fim deste ano e outras 20, em 2009. Belo Horizonte terá uma concessionária ainda este ano. O centro de distribuição de peças será em Catalão, Goiás. E, naquele estado também, planeja-se a construção de fábrica.



Inicialmente, será comercializada somente a terceira geração do Grand Vitara, lançada mundialmente em 2005. O modelo vendido pela GM no Brasil, o Chevrolet Tracker, nada mais é do que a segunda geração do Grand Vitara com o logotipo do fabricante norte-americano. O jipe Jimny será uma das atrações da Suzuki no Salão de São Paulo e deverá ser comercializado em dezembro ou no início de janeiro. Modelo terá motor 1.3 a gasolina e preço na faixa de R$ 60 mil.

Estepe fixado na tampa traseira tem cobertura metálica e agrada à maioria. Volante com comandos de som, painel bem construído e comandos de fácil acesso


O Grand Vitara será vendido em versão única de acabamento e terá opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro. O preço da primeira versão é de R$ 89.700 e a automática, de R$ 94.700. Haverá muitos acessórios para incrementá-las na rede autorizada. O utilitário está maior e o espaço interno é amplo.

O modelo comercializado no Brasil será equipado com airbags frontais, ABS, som com comandos no volante, trio elétrico, ar-condicionado digital, direção hidráulica, entre outros de conveniência e conforto. Porta-objetos estão espalhados em diversos locais do habitáculo. O interior tem acabamento muito bom, com material plástico de boa qualidade e encaixes bem-feitos. A tração é integral permanente, com bloqueio de diferencial central e reduzida.



Dirigindo
Motor é 2.0 a gasolina de 140 cv e 18,7 kgfm de torque. Freios são a discos ventilados nos dois eixos e ABS de série, com distribuição eletrônica de frenagem (EBD). A suspensão traseira é multilink. Durante o test-drive em asfalto e estrada de terra, com trechos ruins, sente-se no interior a transferência das imperfeições do piso e a aspereza. Outra calibragem do sistema pode minimizar o problema. A direção está bem calibrada e há comandos de som no volante, que tem boa pega.

O encosto do banco traseiro é reclinável e o assento apóia muito bem as pernas, ficando na dobra do joelho. A sensação de arejamento é incrível. Rodamos na versão com câmbio automático e as trocas não são bruscas. O desempenho do motor 2.0 é bom e fica no limite em subidas, mas dá conta do recado. Versão com motor V6 não está descartada, mas custará mais por causa dos impostos. Esse Vitara mede 4,50 m de comprimento e o porta-malas tem capacidade para 700 litros. O espaço para carga é grande e sem arestas. O desenho limpo e bonito da carroceria ajudará no sucesso do veículo, que tem carroceria em monobloco com chassi integrado para dar robustez, evitando torções.

(*) Jornalista viajou a convite da Suzuki Veículos Brasil