Derivado da antiga geração do Série C, o Mercedes Sports Coupé nunca chegou a deslanchar, mas, bem ou mal, vendeu 320 mil unidades desde seu lançamento em 2001. Mais importante do que os números absolutos, foi o perfil dos consumidores. De acordo com a Mercedes, a maioria dos compradores nunca havia adquirido veículos da marca e, na troca de carro, 40% optaram por outro modelo, maior e mais caro, da própria montadora.
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O fabricante enfrentava uma saia justa para substituir o modelo. Ao mesmo tempo que queria manter um carro que aumentasse sua base de clientes, o volume de produção relativamente baixo não justificava o lançamento de um modelo inteiramente novo.
A solução veio em etapas. Em primeiro lugar, transferiu a linha de montagem do Sports Coupé para a fábrica de Juiz de Fora, diminuindo custos e dando um destino à unidade industrial. Depois, usou um expediente bem conhecido por aqui: fez uma reestilização, aproximando as linhas às da atual geração da Série C. Antes mesmo do lançamento, o caderno de Veículos do Estado de Minas Portal Vrum flagraram protótipos rodando nas proximidades da fábrica. Esteticamente, a grade frontal, faróis e conjunto óptico traseiro foram redesenhados. O brake light é composto por LEDs.
Para provar que se trata de novo modelo, o fabricante mudou o nome para CLC e também destaca que o carro tem mais de mil novos componentes. Do ponto de vista da engenharia, o modelo ganhou nova direção, mais direta, e sistema de navegação com mapas de toda a Europa.
Rebaixado
O interior também foi revisto, com novos assentos esportivos, volante multifuncional de três raios, sistema de climatização eletrônico e detalhes em alumínio escovado como equipamentos padrão. Como opcional, a montadora comercializa pacote esportivo que inclui novas rodas de 18 polegadas com pneus de perfil baixo, suspensão rebaixada e a direção ativa que, em altas velocidades, diminui o movimento do volante para mudar de direção.
Entre os motores, o principal destaque é o novo quatro cilindros 2.0 com supercharger, que teve a potência aumentada de 164 cv para 184 cv, com melhoria no consumo. As outras opções incluem 1.8 de 143 cv, também de quatro cilindros, além de dois V6, com potências de 204 cv e 272 cv. Nos propulsores diesel, as potências variam de 122 cv a 150 cv. Os modelos com motores de quatro cilindros são equipados com câmbio manual de seis velocidades, enquanto os V6 têm de série caixa automática de sete marchas.
DE DENTRO, PARA DENTRO
Ao contrário do que ocorria com o C Sports Coupé, que era produzido somente para a exportação, a Mercedes quer vender o novo compacto, agora denominado CLC, também no Brasil. A montadora realiza pesquisa para avaliar a reação do consumidor brasileiro, e estuda possibilidade de se criar a infra-estrutura necessária para a comercialização do modelo, que implica assistência técnica, peças e treinamento da rede. O preço gira em torno de R$ 140 mil.