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Lamborghini cria Aventador J, superesportivo purista sem para-brisa

Roadster mantém estrutura em fibra de carbono, motor V12 6.5 de 700 cv e fôlego para imitar uma superbike

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Para quem gosta de roadsters, pouco importa a influência do clima ou supérfluos como capota e para-brisa. Sim, para-brisa também. Os britânicos são apaixonados por esses veículos minimalistas e olha que o clima de lá não é exatamente ensolarado o tempo todo, para não dizer o contrário. Para agradar esses entusiastas que não têm medo de se sujar fazendo o que gostam, a Lamborghini apresenta no Salão de Genebra o Aventador J, versão purista do superesportivo lançado no ano passado. O jota recupera a letra usada pelo Miura preparado de 1970. Segundo a marca, os ocupantes do Aventador J são confrontados com o elemento do vendo da mesma maneira que um piloto de superbike e, por isso mesmo, roupas adequadas são necessárias para cada viagem.

Foram-se a capota e o para-brisa, mas ficaram as garras. No caso, o motor V12 6.5 de 700cv de potência a 8.250 giros 70,4 kgfm de torque aos 5.500 giros, associado ao câmbio sequencial monoembreagem de seis marchas e à tração integral. O desempenho não foi ainda revelado. Mas, ao se tomar como base o Aventador LP700-4 fechado, podemos esperar por uma aceleração aos 100 km/h em 2,9 segundos e a velocidade máxima de 350 km/h é mais do que suficiente para deixar uma Suzuki Hayabusa bem para trás.



Até porque o peso promete ser na mesma medida do original, mesmo com reforços. Se o Lamborghini cupê marca 1.575 kg, o Aventador J tem a vantagem de dispensar o teto, para-brisa, ar-condicionado, navegador GPS e outras “firulas”, por assim dizer. A estrutura adiciona barras anticapotagem atrás dos passageiros. Sem falar no retrovisor central preso por uma haste, ao estilo de antigos modelos do tipo.
Para combinar com a estrutura e carroceria em fibra de carbono, a marca criou a Carboskin, ou pele de carbono. É um tecido de fibra de carbono embebido com uma resina especial que mantém a estrutura da fibra mas deixa o tecido macio, na medida para um carro completamente aberto. Porém, o roadster purista é um modelo único, criado como mostruário de tecnologias. Mas a receita está aí.


SPIDER Em tempo, mesmo os grandes fabricantes já enveredaram por essa seara. A Renault, por exemplo, lançou o Spider em 1995. O roadster de motor central-traseiro 2.0 dispensava o para-brisa com um defletor (se você parar, a chuva te pega). Mas, opcionalmente, o para-brisa podia ser instalado no modelo, que foi produzido até 1997 e teve até categoria própria.

Spider foi lançado pela Renault em 1995