Para quem não sabe, na Coreia do Sul, a marca Kia pertence ao mesmo grupo que controla a Hyundai e, por isso, as duas marcas compartilham diversas plataformas. Dentro dessa sinergia, pode-se dizer que o sedã Optima é primo-irmão do Sonata. O modelo chegou ao mercado brasileiro em 2007 com o nome de Magentis e nunca fez sucesso por aqui. Mas agora a história é bem diferente, pois, além de mudar a “certidão de nascimento”, o modelo passou por uma profunda mudança no visual e por uma atualização tecnológica. Apresentado no Salão de Nova York de 2010, o Optima deveria ter desembarcado no Brasil em 2011, mas, devido às incertezas do aumento do IPI, a Kia Motors do Brasil acabou adiando sua chegada para o início deste mês.

ESTILO O novo sedã foi projetado nos estúdios da Kia em Frankfurt, na Alemanha, e Irvine, na Califórnia, nos Estados Unidos. Suas linhas incorporam o novo DNA de estilo, que vem dando nova identidade visual aos modelos da marca corena, sob a “regência” de Peter Schreyer, o chefe de design da Kia Motors Corporation. Isso fica evidente na grade dianteira, que integra os faróis com máscara negra. Na frente também se destacam as luzes de neblina em LED, unidas pela tomada de ar inferior, que também tem grade em colmeia.

ARCO De perfil, o que chama mais a atenção são o arco cromado que flui da coluna A para a C, a linha de cintura ascendente, o recorte do vidro traseiro e as rodas de liga de desenho futurista. A traseira é alta e as lanternas (com luzes de LED) acompanham a curvatura da tampa do porta-malas e invadem os para-lamas. A dupla saída de escape, a parte inferior do para-choque na cor preta e as luzes refletivas dão uma pitada de esportividade. O resultado é uma mistura harmoniosa entre o esportivo e o elegante, num traço bem moderno. É como define o próprio Schreyer: “As linhas chamam a atenção da mesma maneira como o faz um terno italiano bem cortado”.

POR DENTRO Com quase 2,80m de entre-eixos, o Optima proporciona amplo espaço interno, capaz de acomodar cinco pessoas com conforto. O porta-malas tem capacidade para 437 litros, o que não chega a ser um destaque para um sedã desse porte (4,84m de comprimento, 1,83m de largura e 1,45m de altura). O acabamento interno apresenta-se em dois tons, com plásticos e materiais de boa qualidade. O painel tem a parte de cima e o console na cor cinza escura, que também está presente no volante e na base e costados dos bancos dianteiros. A parte inferior do painel e o revestimento em couro dos bancos têm a cor bege bem clara. Os instrumentos são divididos em três aros e a parte central é voltada para o motorista, favorecendo a ergonomia.

EQUIPAMENTOS O Optima chega ao Brasil em duas versões, ambas com motor 2.4 16V, que desenvolve 180cv de potência (a 6.000rpm) e 23,6kgfm de torque (a 4.000rpm); e câmbio automático de seis velocidades, com opção de trocas manuais. As duas opções vêm bem equipadas com itens de conforto e conveniênica, como ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com ajustes elétricos, bancos revestidos em couro, volante com controles do som e computador de bordo, porta-luvas refrigerado, coluna de direção com regulagem de altura e distância, sensores de chuva e crepuscular, entre outros.

SEGURANÇA Já o pacote de segurança inclui airbags frontais, laterais e de cortina, câmera de ré com visor no painel, freios ABS, controles de estabilidade e tração, apoios de cabeça dianteiros ativos e sistema Isofix para a colocação de cadeiras infantis. Mas infelizmente deixa de fora o apoio de cabeça e o cinto de três pontos para quem senta no meio do banco traseiro, uma falha grave para um carro dessa categoria. O Optima custa R$ 96,9 mil. Se o cliente quiser teto solar panorâmico, chave Smart Key e faróis de xênon, o preço sobe para R$ 105,9 mil.