O Magentis/Optima era um dos últimos modelos da Kia a ainda ostentar o antigo estilo da marca, genérico e pouco agressivo. Na terceira geração apresentada hoje na abertura do Salão de Nova Iorque, esse passado apagado ficou para trás. A agressividade está presente nos faróis rasgados, que dão continuidade a grade em forma de "boca de tigre" - nas palavras da própria Kia. Os vincos foram bem distribuídos, com direito a um capô com seção central bem demarcada. Os para-lamas dianteiros ganharam pequenos respiros insinuantes. A filosofia de teto baixo que, junto com a linha de cintura bem elevada, evidencia a reduzida área envidraçada e dá ao carro um ar de cupê de quatro portas, um traço que marca todos os três volumes que "querem ser alguém" no atual mundo automotivo. Além das lanternas alongadas horizontalmente, o modelo também chama atenção no detalhe das portas traseiras, que são incorporadas às colunas C.
A escalada de agressividade acompanha a sexta geração do Hyundai Sonata (a compatriota Hyundai é a dona da Kia), lançada em 2009. Em comprimento, o Optima tem porte de um sedã médio-grande, com 4,84 metros de comprimento (4,5 cm a mais que o anterior), com 1,83 m de largura, 1,45 m de altura e 2,79 m de entre-eixos, um aumento de consideráveis 7,5 cm. "O Optima é um novo marco no DNA de design envolvente da Kia com uma mistura de linhas simples e fluidas e formas elegantes mas descomplicadas que capturam a atenção dos olhos da mesma maneira de um fino e bem talhado terno italiano", comenta Peter Schreyer, Chefe de Estilo da Kia e antigo designer chefe da Audi.
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Em aparência, todos os modelos trazem escapamentos duplos, vidros escurecidos e luzes indicadoras nos para-lamas. Dependendo do nível de acabamento, podem ser acrescentadas luzes de neblina, espelhos aquecidos, maçanetas cromadas e rodas aro 17 com pneus 215/55. As versões mais caras possuem ainda faróis de xenônio, lanternas em LEDs, grande frontal com desenho mais arrojado, spoiler traseiro, saias laterais, pinças de freio pintadas em vermelho e rodas aro 18 com acabamento escurecido e pneus 225/45, o que dá ao sedã um ar mais agressivo.
O que está sob o capô
São variadas as opções de motor. Foram mantidas as variantes com injeção multiponto do 2.0 de 165 cv e do 2.4 com 178 cv. O 2.4 possui uma opção com injeção direta de combustível, com bons 204 cv. Já o 2.0 também conta com uma configuração sobrealimentada com um turbo, que gera respeitáveis 278 cv - motor que também fez a sua estréia no Sonata, também presente no evento nova-iorquino. Os motores podem ser associados a câmbio manual e automático, ambos com seis velocidades. A suspensão dianteira é MacPherson, enquanto a traseira utiliza um sofisticado sistema multibraços. Para o ano que vem é esperada uma versão híbrida, com o mesmo sistema já apresentado no Hyundai Sonata.
Entre os equipamentos de conforto, o Optima/Magentis oferece de série sistema de som CD/MP3 com oito alto falantes, entrada USB e viva-voz Bluetooth, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, ar-condicionado, trio elétrico, entre outros. Entre os opcionais estão ar-condicionado com duas zonas de ajuste, revestimento interno em couro e banco do motorista elétrico e quadro de instrumentos com visor LCD.
No capítulo da segurança, são de série seis airbags (frontais, laterais e do tipo cortina), cintos de três pontos para todos os passageiros, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, sistema de auxílio a partida em ladeiras e freios ABS com EBD, além de sistemas de controle eletrônico de frenagem e de tração.
Há uma chance do novo Magentis já fazer a sua estréia no Brasil no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em outubro próximo. Nos Estados Unidos o carro começa a ser vendido no segundo semestre de 2010, com chegada prevista para 2011 na Europa.
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