Assim como o "carro popular" que deu uma reviravolta na história da indústria automobilística brasileira há 20 anos, no início da década de 1930 a situação econômica da Alemanha era preocupante e as fábricas de automóveis preocupadas em desenvolver modelos mais baratos.
A ideia entre os fabricantes alemães era de lançar um "volkswagen", que, traduzindo do alemão, é "carro do povo" ou "carro popular". Além da Mercedes em 1934, a Ford, a Adler, a Steyr e a Hanomag e outras venderam modelos mais simples e acessíveis, todos com o nome genérico de "volkswagen".
Duas fabricantes de motocicletas, a NSU e a Zundapp, chegaram a encomendar Ferdinand Porsche (que tinha um escritório de consultoria em Stuttgart) projetos para carros populares. Mas a arrancada final veio do governo alemão, interessado em motorizar o país e que pediu a Porsche o desenvolvimento de um modelo único que seria produzido por várias fábricas. Os três primeiros protótipos do VW-30 foram apresentados em outubro de 1936. O governo encomendou então à Mercedes-Benz a produção de mais 30 unidades para testes definitivos.
Entretanto, como as empresas alemãs não se interessaram pela ideia de fabricar um mesmo modelo, o próprio governo decidiu, em 1937, produzir o carro. Criou então uma empresa chamada KdF (Kraft durch Freude, ou Força pela Alegria), nome de um sindicato oficial trabalhista. O carro foi batizado de KdF-Wagen. Mas acabou virando Volkswagen. Por causa da guerra, a produção do carro começou, de fato, em 1948.