No melhor estilo das fotos virtuais em que o coadjuvante paga a cena, a Mercedes-Benz liberou as primeiras imagens do GLK renovado, adiantando em uma das fotografias outra estrela do Salão de Pequim: o Classe G renovado. O pessoal da Autocar britânica já garimpou informações sobre o modelo. O jipão lançado em 1979 - conhecido por ser o antigo papamóvel oficial do Vaticano (1980 a 2002), ainda na época de João Paulo II - ainda não vai ganhar uma nova geração. Ou seja, continuam lá as robustas suspensões por eixo rígido e a construção sobre chassi e cabine. A novidade está no tempero exótico pontilhado pela AMG. A divisão de alta performance levará ao salão o G55 AMG, que trocará o conhecido V8 5.4 comprimido pelo novo V8 5.5 biturbo de 543cv, 36cv a mais que antes.

Achou demais para um utilitário de mais de duas toneladas? A Mercedes discorda e vai lançar o inédito G65 AMG, que chegará com o mesmo motor V12 6.0 do SL 65 AMG, marcado para estrear no Salão de Nova York, que começa no próximo dia 05. É a primeira vez que o Classe G vai contar com a força de um doze cilindros. São 629cv de potência e 102kgfm de torque, o tipo de poderio capaz de fazer o grandalhão de aerodinâmica antidiluviana ir aos 100km/h em 5,2segundos e à velocidade máxima de 250km/h, limitados eletronicamente. Também é nova a caixa automática de sete marchas, no lugar da atual de cinco, que se soma ao sistema stop/start (que desliga o motor em paradas e o coloca em marcha ao se pisar no acelerador) para economizar algum combustível.

No demais, o mesmo Classe G de antes, a despeito de pequenas alterações como grade, faróis e luzes diurnas em LEDs, rodas diferenciadas e elementos novos das lanternas. Por dentro, painel renovado vindo da terceira geração do ML, com direito a monitor colorido de 4.5 polegadas e comando de voz. O que não deixa de ser interessante para um modelo nascido na caserna, acostumado a receber ordens em voz mais ríspida e a oferecer poucos confortos.