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Jaguar XF S: potência e ostentação sobre rodas.

Testamos a versão topo de linha do Jaguar XF. Com visual agressivo, o sedã médio da marca inglesa engloba luxo, esportividade e conforto. Com motor V6 de 380 cavalos, esbanja potência e preço: R$ 381 mil.

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Jaguar XF S: potência e ostentação sobre rodas.
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

 

Jaguar XF S - Setor Militar Urbano

 
Dentre vários motivos, os sedãs ganharam fama de “carro de tiozão” por causa do design sóbrio, sem extravagância, estilo comportado, espaço para levar a família e bagagens, entre outros. No entanto, nos últimos tempos, as montadoras vêm apostando em modelos mais agressivos, com ar jovial e pegada esportiva. Mas sem deixar de lado o conforto e a comodidade clássica da categoria. Uma das marcas que mais apostam nessa nova receita é a Jaguar.
 

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Nos últimos tempos, a inglesa modificou bastante o estilo de seus sedãs. A ideia é simples: empregar conforto, tecnologia e comodidade com esportividade e design arrojado. E, isso, o XF tem de sobra. Testamos a versão topo de linha do modelo, a S. Com motor 3.0 V6 de 380 cavalos, amplo espaço interno, desenho agressivo e potência de sobra, ele mostra que, de carro de tiozão, não tem nada, a não ser o preço, R$ 381 mil.

Visual fora do comum

Já de cara, o XF mostra que presença não falta ao sedã. A gigantesca grade frontal, em conjunto com as entradas de ar no para-choque e faróis, mostra que o felino é agressivo. Os vincos acentuados no capô dão uma corpulência maior ao modelo. As grandes rodas de liga leve de 19 polegadas na cor preta e com as pinças de freio vermelhas mostram a capacidade esportiva do Jaguar. O desenho termina de forma bem inclinada até a tampa do porta-malas. As lanternas de LED (que avançam pela lateral) e o duplo escapamento, finalizam o visual diferenciado.

Se por fora a pegada é a esportividade, por dentro, o luxo e conforto são prioridade. O interior é basicamente em couro, normal ou Alcântara. Painel, portas, teto, bancos, volante, tudo é coberto pelo material. Detalhes em fibra de carbono, alumínio e black piano completam o acabamento. Na parte do conforto, praticamente tudo é elétrico. Os assentos dianteiros contam com 14 ajustes diferentes e memória. Tanto a abertura quanto o fechamento do porta-malas é eletrônica. As portas contam com sistema de sucção (se não forem fechadas corretamente, o carro finaliza o procedimento sozinho). Ele ainda conta com luz ambiente configurável em 10 cores diferentes.

Um sedã com cara de esportivo

Sob o capô, o XF guarda um motor V6 3.0 litros supercharged de 380 cavalos e 45,8kgfm de torque, o mesmo utilizado no superesportivo F-Type. Aliado à transmissão automática de oito velocidades, ele consegue levar o sedã de 1.710kg do zero a 100km/h em apenas 5.3 segundos. A velocidade máxima é de 300km/h. Lógico que toda essa capacidade tem um preço, refletido no consumo. Durante o teste, ele fez 5,5km/l, o que não chega a ser ruim, para o tamanho e peso do carro, isso em uma condução normal. No modo Eco, dirigindo tranquilamente, ele chegou a marcar 7km/l. Mas se tem uma coisa difícil no XF é conduzir de forma serena.

Os 380 cavalos ficam te incentivando a acelerar. E, falando em modos de condução, são três opções. O Eco, já mencionado, o Normal e o Dinâmico. Cada um altera de forma diferente as configurações do motor, câmbio, suspensão e direção. No econômico, as trocas de marcha são feitas em rotações mais baixas. Com isso, as respostas são um pouco mais lentas, até porque a prioridade é o consumo. O Normal, como o nome diz, mantém os aspectos padrões. Agora, é no Dinâmico que a diversão começa.

Primeiro, ele desliga o controle de tração dianteiro, deixando apenas nas rodas traseiras. O painel de instrumentos — que na realidade é uma tela TFT de 12,3 polegadas — muda a configuração, jogando o conta giros para o centro. No modo automático, as trocas são feitas em rotações mais altas. Ainda há a opção de colocar o câmbio no modo Sport, otimizando ainda mais as alternâncias de marcha, que podem ser realizadas pelas borboletas no volante. No modo Dinâmico, as respostas do acelerador ficam insanas. O mais leve toque faz o veículo disparar pelo asfalto. Com isso, qualquer manobra é feita sem o menor esforço.

Segurança e comodidade

Cansou de controlar toda a potência do XF? Deixa que ele faz isso para você. O sedã conta com Cruise Control Adaptativo, ou seja, ele tem capacidade de acelerar e frear sozinho, o motorista controla apenas o volante. Não é só isso, ele conta com diversos outros sistemas, como o Frenagem Autônoma de Emergência (AEB) (se o veículo da frente diminui a velocidade repentinamente ele emite um alerta sonoro e um aviso no painel de instrumentos), o All-Surface Progress Control (controle de partida para superfícies de baixa aderência), monitoramento de ponto cego, sensor de estacionamento 360º e câmera de ré.

Na parte da comodidade, o XF conta com ar-condicionado dual zone (com saída para os bancos de trás) abertura das portas e partida sem a chave, head-up display (apresenta informações do veículo, como velocidade, marcha selecionada e instruções de navegação no parabrisas), sistema de som digital Meridian com 17 alto-falantes e 825W de potência, central multimídia com tela de oito polegadas. Painel de instrumentos configurável, inclusive podendo projetar o mapa do GPS.  


Ficha técnica

 
  • Motor: V6 3.0 supercharged de 380cv e torque de 45,8kgfm
  • Dimensões: 4.954mm comprimento; 1.987mm largura; 1.457mm altura e 2.960mm distância entre-eixos;
  • Transmissão: Automática de 8 velocidades
  • Direção: Elétrica
  • Porta-malas: 505 litros  
  • Suspensão: Double wishbone na dianteira e integral link na traseira
  • Freios: a disco nas quatro rodas
  • Consumo: 5,5km/l 
  • Preço: a partir de R$ 381 mil