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Instrutores faziam exame no lugar dos candidatos, mas nem sempre eram aprovados

Quatro homens são presos suspeitos de fraudar provas de legislação de trânsito. Segundo a polícia, eles substituiam fotos de carteiras de identidade para fazer teste no lugar dos candidatos

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Foram apreendidas identidades de pelo menos 25 pessoas, R$ 3,3 mil em cheques, R$ 1.422 em dinheiro e vários documentos falsificados

 

Quatro homens foram presos em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dois deles instrutores de auto-escolas da capital, por adulteração de carteiras de identidade. Eles colavam as próprias fotografias sobre as dos portadores do documento e faziam o teste de legislação no lugar nos candidatos. Para isso, cobravam R$ 100 por pessoa interessada na fraude, mas nem sempre conseguiam passar na prova.

Segundo o major Gilmar Soares, comandante da 15ª Companhia, a PM recebeu denúncia anônima de que um homem estava falsificando carteiras de identidade, na manhã deste sábado, no Centro de Sabará, onde as provas de legislação eram aplicadas. Ao abordarem o veículo, os militares confirmaram que a fraude era cometida por Cláudio Emílio Reis Ferreira, de 41 anos. A PM informou que havia um mandado de prisão em aberto contra ele, por não pagamento de pensão alimentícia, e que ele já havia cumprido pena por falsificação.

 

Uma equipe do Jornal da Alterosa também acompanhou o caso. Veja no vídeo abaixo!

 

 

 

No veículo usado por Ferreira foram apreendidas identidades de pelo menos 25 pessoas, R$ 3,3 mil em cheques, R$ 1.422 em dinheiro, cartões bancários, carimbos, um laptop e vários documentos falsificados.

Durante a ação, a PM abordou outro carro, conduzido por Odair Inácio Soares, de 45, instrutor de auto-escola, e apreenderam com ele xerox de documentos relacionados ao material encontrado com Cláudio, que estava acompanhado de outros dois homens.


"Eles confessaram que fizeram prova de legislação hoje no lugar de candidatos", disse o major Gilmar. Os quatro foram presos e levados para a 30ª Delegacia de Sabará. Eles poderão responder por falsidade ideológica e formação de quadrilha. A Polícia Civil vai investigar a participação de outros envolvidos nos crime, como as pessoas que pagaram pela fraude.

A corporação informou que o caso será encaminhado à chefia do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), que só vai se pronunciar segunda-feira sobre o fato. O cancelamento das provas não está descartado.