Não é só no Brasil que a Hyundai é investigada por mentir em suas ações de publicidade. Depois do Ministério Público de Minas Gerais apurar as denúncias de propaganda enganosa contra a importadora Caoa envolvendo a potência dos motores dos modelos Elantra e Veloster, a Hyundai passa a ser alvo de investigação nos Estados Unidos.
O processo corre na Corte Suprema de Sacramento, no estado da Califórnia e foi aberto pela organização não governamental Consumer Watchdog por causa da campanha de publicidade do modelo Elantra em jornais, revistas e emissoras de TV. Na ação, a montadora coreana diz que o sedã roda 40 milhas por galão (17 km/litro). Segundo a agência do governo que cuida do meio ambiente (EPA - sigla em inglês), em testes realizados, ficou comprovado que o Elantra vendido nos Estados Unidos pode chegar aos 17 km/l, porém, rodando apenas na rodovia. No trânsito urbano, o consumo é de 12,3 km/l e em circuito misto estrada/cidade, a média sobe para 13 km/l.
A organização que processa a Hyundai alega que a marca omitiu as informações de consumo real e que os números divulgados pelo fabricante não condizem com a realidade do consumidor americano.
Citado no processo junto a ONG, Louis Bird, que possui um Elantra 2011, se diz enganado pela montadora. "Não teria comprado o Elantra se soubesse o real consumo dele pois não estou economizando dinheiro algum, como sugere as propagandas da Hyundai. Fui enganado", explica.
De acordo com informações da agência de notícias Reuters, a Hyundai declarou oficialmente que a economia de combustível anunciada é realista e que o consumo de combustível do Elantra na estrada é real e muito próximo do anunciado.
No Brasil, a dúvida é a potência do Elantra. Enquanto a Caoa - que representa a marca no Brasil - anuncia que o motor possui 160 cv, as fichas técnicas entregam 150 cv, causando desconfiança em parte dos consumidores brasileiros.