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Honda Fit - Ajuste das formas

Novo monovolume começa a ser vendido em novembro, com mais espaço interno, potência e airbag duplo em todas as versões, mas fabricante ainda não divulgou os preços

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Mudanças na grade dianteira e maior área envidraçada marcam o novo modelo. Mesmo volante do Civic e espaço interno ampliado, principalmente para o motorista

De Campinas (SP) - Fit é uma palavra inglesa que significa ajuste e adaptação, entre outras acepções. Foi justamente o que o nome anuncia que a Honda fez com seu monovolume compacto. Esticou daqui, aumentou dali, puxou as pontas da lataria, deixou os faróis e lanternas mais angulosos e incrementou com mais potência e segurança. Só não revelou o quanto tudo isso vai influenciar no preço, mas apresentou um carro diferente atualizando a fôrma que vendeu 200 mil unidades (produzidas na fábrica de Sumaré, no interior paulista) no Brasil desde 2003 e mais de 2 milhões em todo o mundo, desde 2001. O novo Fit será a principal atração da fabricante japonesa no Salão Internacional de São Paulo, que começa na quinta-feira.



Trocando em miúdos, os ajustes se deram no entre-eixos, de 2.450 mm para 2.500 mm; no comprimento, de 3.830 mm para 3.900 mm; na largura, de 1.695 mm para 1.715 mm; e na altura, de 1.435 mm para 1.535 mm. O que significa um pouco mais de espaço para o motorista e passageiro e tamanho suficiente para acomodar com conforto duas pessoas no banco traseiro, já que um terceiro passageiro, no meio, ficaria espremido e sofreria com o posicionamento das pernas, prejudicado pelo túnel central.

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Fôlego
Os motores são da nova geração do i-VTEC Flex. O 1.4 ganhou 21,6% de potência e passou a desenvolver 101 cv com álcool e 100 cv com gasolina, ambos a 6.000 rpm. O torque para álcool e gasolina é o mesmo: 13 kgfm a 4.800 rpm. No motor 1.5, o ganho de potência foi de 10%, passando para 116 cv com álcool e 115 cv com gasolina, ambas a 6.000 rpm. O torque é de 14,8 kgfm a 4.800 rpm.

Outra mudança é o abandono do câmbio automático CVT, que proporciona uma aceleração contínua e sem trancos, mas que foi substituído por câmbios de cinco marchas, manual ou automático, disponíveis todas as versões. A justificativa da Honda para abandonar a elogiada transmissão é que o novo câmbio proporciona melhor desempenho e que isso foi confirmado nas clínicas realizadas com consumidores. Além disso, a versão 1.5 EXL tem o sistema paddle-shift, que permite trocas de marcha manuais com o acionamento de alavancas no volante, conhecidas como borboletas.

Lanternas ficaram angulosas e novos recortes deram aspecto diferente à traseira


Elétrica
A direção é eletricamente assistida, o que facilita as manobras em baixa velocidade e deixa o carro mais seguro em velocidade elevada. No test-drive realizado na pista da Fazenda Capuava, em Campinas, foi possível perceber a segurança da direção, mesmo em curvas acentuadas. Outro ponto importante é a estabilidade do Fit, que, mesmo sendo um monovolume, não passa a sensação de insegurança. A boa estabilidade é garantida pela nova suspensão, que foi redimensionada. Outra mudança que influi positivamente na dirigibilidade é o aumento das rodas, com aro de 15 polegadas e pneus 175/65 para versão 1.4, e aro de 16 polegadas e pneus 185/55, para a versão 1.5.

Para deixar o Fit com um perfil mais esportivo, a Honda criou vincos e ressaltos no capô, na lateral e na traseira e seguiu a tendência nos faróis e lanternas. A linha do teto ficou mais baixa na traseira, que, apesar disso, cresceu 20 mm na altura. Mas a principal alteração foi o aumento do vidro dianteiro, entre a coluna A e o capô, o que torna o espaço entre o volante e o vidro dianteiro muito grande, eliminando assim qualquer pretensão esportiva do legítimo monovolume.

Segurança
Todas as versões do Fit (1.4 LX e LXL; e 1.5 EX e EXL) têm airbags frontais duplos, apoio de cabeça e cinto de segurança de três pontos para os cinco ocupantes. As versões LX, EX e EXL são equipadas com freios a disco nas quatro rodas, ABS e EBD. A versão LX tem freios dianteiros a disco e traseiros a tambor. O Fit será comercializado a partir de novembro, com três anos de garantia, sem limite de quilometragem.

(*) Repórter viajou a convite da Honda