Tóquio - A japonesa Honda Motor enfrenta sua terceira greve em menos de um mês na China, depois que trabalhadores interromperam suas atividades numa fábrica afiliada de autopeças. A produção de duas fábricas montagem da montadora continua paralisada, disseram funcionários da companhia. As ações da Honda fecharam com queda de 2,81% na Bolsa de Tóquio. Os trabalhadores locais iniciaram hoje uma paralisação na subsidiária Honda Lock, afirmou um porta-voz da montadora japonesa que não quis ser identificado, acrescentando que a última greve enfrentada pela montadora não impactou a produção na China. "Nós ainda não estamos em posição de dizer quantos trabalhadores estavam em greve e por que eles estavam fazendo isso", disse o porta-voz. "Mas, pelo menos, essa greve não afetou as nossas principais linhas de montagem na China."
A Honda Lock, localizada na província de Guangdong, produz conjuntos de chaves, fechaduras e outras peças com cerca de 1.500 funcionários, disse um funcionário da empresa, totalmente controlada pela Honda Motor. Mais cedo, a Honda afirmou que duas de suas fábricas de montagem na China permanecerão fechadas indefinidamente em razão de uma greve na Foshan Fengfu Autoparts Company, que produz peças de escapamento. As duas fábricas, operadas pela Guangqi Honda, estão fechadas desde segunda-feira.
Os líderes trabalhistas e os administradores da Foshan Fengfu Autoparts Company estão ainda em negociações, afirmou um funcionário da Yutaka Giken, a subsidiária da Honda que opera a fábrica. A Fengfu emprega 489 trabalhadores na cidade de Foshan, na província de Guangdong e abastece os veículos da Honda com silenciadores e peças de escapamento. A disputa trabalhista ocorre depois que a Honda conseguiu encerrar na semana passada uma greve em uma fábrica de autopeças em Foshan, oferecendo um reajuste salarial de 24%. A montadora japonesa produz 650 mil veículos por ano na China. As informações são da Dow Jones.