A Honda criou no Japão um simulador de ciclismo que, sem deixar a diversão de lado, irá colaborar para a educação no trânsito. Mesmo com índices cada vez menores de fatalidades em acidentes de trânsito, a proporção de ocorrências envolvendo bicicletas no país oriental cresceu. Os maiores grupos de vítimas estão entre os ciclistas jovens, entre 10 e 19 anos, e os mais velhos, com idade superior a 50 anos. De acordo com a marca japonesa, cerca de 70% dos acidentes são causados por violações das leis de trânsito.
O sistema permite que os ciclistas experimentem os riscos que a realidade pode apresentar. É uma maneira segura de aumentar a habilidade na condução e a capacidade de reconhecimento de situações perigosas. O simulador será vendido para auto escolas, instituições educacionais, forças policiais e órgãos públicos, com o foco na educação infantil e reeducação de pessoas mais velhas. Os pedidos pelo aparelho já tiveram início.
O simulador, que temi uma réplica em tamanho real de uma bicicleta acoplada a um monitor, tem dimensões compactas, com 2,27 metros de comprimento, 1,40 m de altura, 99 cm de largura e apenas 88 kg. Um sensor nos pedais reconhece o ato de pedalar. Há três monitores auxiliares ? dois aos lados do principal ? e um atrás do ciclista para testar a sua visão periférica.
O programa emula uma série de percursos, como a ida ao colégio ou mercearia, entre outros, desenvolvidos de acordo com cada idade. E ensina, de maneira mais divertida que a teoria e menos arriscada que a realidade, o modo correto de se comportar no trânsito.
Após a simulação, o ciclista pode ver como foi o seu passeio, com uma avaliação ponto a ponto. A Honda começou a desenvolver simuladores de motocicletas em 1996 e em 2001 criou o primeiro simulador de direção para carros. A marca espera vender 500 unidades anuais do aparelho apenas no Japão. O preço do simulador é de 732.900 yen, o equivalente a R$ 14,3 mil.