Os modelos híbridos não são exatamente carros emocionantes. E é essa percepção que a Honda se dispôs a mudar com o CR-Z. O hatch, anunciado pela marca como o primeiro esportivo híbrido, já havia sido antecipado como conceito no Salão de Tóquio em outubro de 2007. As linhas gerais foram mantidas, com destaque para a parte frontal afilada, que se projeta a frente com uma grade estilo "bocão" e a traseira cujo vidro é dividido em duas partes, uma herança do CRX da década de 80.

A esportividade é garantida pelo propulsor 1.5 i-VTEC de 124 cv de potência e 17,7 kgfm de torque , que trabalha em conjunto com um motor elétrico – posicionado entre o motor e a transmissão – capaz de gerar o equivalente a 14 cv e 7,9 kgfm. Graças ao uso conjunto de propulsão elétrica, o veículo gera apenas 117 g de CO2 – dióxido de carbono – por quilômetro rodado, 35 g/km a menos que um Civic 1.8 16V, um modelo com desempenho equivalente. O consumo médio é baixíssimo, equivalente a 19,9 km/l de média combinada.

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Outro benefício proporcionado pelo motor elétrico é a curva de torque, disponível integralmente a 1.500 rpm, uma rotação baixa para um modelo 1.5 16V aspirado. Em busca de maiores emoções, o câmbio é um manual de seis marchas e a direção tem relação direta.

O CR-Z conta com um sistema de direção com três modos de ajuste, que alteram as respostas do acelerador, da direção, do nível de assistência do motor elétrico e, até mesmo, do ar-condicionado. Isso permite, de acordo com o fabricante, que o motorista opte por um modo esportivo, econômico ou um balanço entre os dois.

A plataforma utiliza alguns componentes do híbrido Insight, mas com entre-eixos, bitolas e ajustes diferentes. Para reduzir peso, a suspensão dianteira do tipo McPherson utiliza alumínio forjado, mais resistente e leve do que o fundido. Com 29,5 centímetros a menos de comprimento – apenas 4,09 m – e 11,5 cm a menos de entre-eixos do que o Insight, 2,43 m, o CR-Z é 44 kg mais leve, com 1.193 kg.

O hatch esportivo conta com duas versões, uma voltada para o mercado europeu e outra japonesa. A europeia – o modelo azul das fotos – irá contar com 8 LEDs nos faróis que funcionaram como luzes diurnas – que ficam ligadas mesmo durante o dia –, uma primazia em modelos da Honda.

O habitáculo tem um arranjo interno estilo 2+2, em que os bancos traseiros são talhados para adultos de baixa estatura ou crianças, mas podem ser rebatidos ao toque de um botão para ampliar o porta-malas O painel tem um "look" tridimensional advindo do conceito original. Tal como o Civic atual, o carro também conta com um painel em dois andares, com todos os comandos posicionados em torno dos instrumentos, uma solução ergonômica e eficiente. A versão europeia do carro será vendida a partir do segundo semestre do ano, com lançamento previsto para março, no Salão de Genebra.

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