O utilitário-compacto HR-V completa a família, que já tem o monovolume Fit e o sedã City. Com linhas bem atuais, bonitas e recortadas, esse SUV traz o capricho do acabamento da marca, com peças bem encaixadas e arremates sem rebarbas. As maçanetas das portas traseiras ficam embutidas e escondidas no alto da coluna. O porta-malas tem boa capacidade, com 437 litros, declarados pelo fabricante, os bancos traseiros rebatidos formam uma plataforma plana e os assentos dobrados possibilitam levar objetos maiores no assoalho traseiro.
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Chama a atenção no interior o console central bem elevado, separando motorista e carona. O inconveniente é que as entradas USB e tomadas de 12 volts ficam próximas ao assoalho, dificultando o manuseio. Os instrumentos do quadro são circulares e a parte central é voltada para o motorista, o que facilita o acesso aos comandos. A posição de dirigir elevada é padrão nos SUVs e fácil de ser encontrada no HR-V, que tem coluna de direção com ajustes de altura e distância. Retrovisores enormes contribuem para a boa visibilidade. A saída do ar-condicionado no lado do passageiro é comprida e tripartida, com regulagens individuais, podendo ser aberta ou fechada independentemente.
Apesar das dimensões generosas em largura e altura, no banco traseiro três adultos se apertam. O espaço central é apropriado para criança em percurso longo. O assoalho não é totalmente plano. Há uma ligeira elevação no centro. No mercado japonês, há a versão com tração 4x4 sob demanda, semelhante à do SUV médio CR-V. Descartada no lançamento, a versão 4x4 poderá ser um trunfo no futuro. Apesar da tração dianteira, o HR-V tem boa altura do solo (20,5cm) e transpõe caminhos ruins sem cerimônia. Todas as versões são equipadas com controles de tração e estabilidade. Airbags laterais dianteiros estão disponíveis na topo de linha, EXL.
Todas as versões têm sistema de telefonia mãos livres, no qual o motorista atende chamada mantendo as mãos no volante. E o material é rugoso, evitando deslize acidental. Os assentos curtos não apoiam bem as pernas. O freio de estacionamento é eletrônico e tem função que mantém o carro imobilizado mesmo se o motorista tirar o pé do freio no semáforo, por exemplo. Há ainda sistema de partida em rampa, que evita recuo em aclives. Nem a versão mais sofisticada tem regulagens elétricas no banco do motorista nem de apoio lombar.
RODANDO O motor 1.8 flex traz uma novidade: tem 1cv a mais de potência com gasolina. Geralmente, o etanol gera mais potência. Entretanto, o torque segue a lógica e é ligeiramente maior com o combustível derivado da cana. O desempenho é muito bom, mas o motor é ruidoso acima de 4.000rpm. A suspensão elevada não prega susto no asfalto, a carroceria inclina pouco e qualquer desvio de trajetória é compensado pelo controle de estabilidade. O rodar é firme, característica Honda sem ser desconfortável. A direção é leve em manobras e firme em velocidade. O HR-V é fácil e agradável de dirigir. O câmbio CVT tem sete marchas marcadas nas versões EX e EXL. E os freios são a disco nas quatro rodas.
Dados técnicos
» Motor – 1.8, de 140cv(g) a 6.500rpm
e 139cv(e) a 6.300rpm de potência e torques de 17,3kgfm (g) a 4.800rpm e 17,4kgfm (e) a 5.000rpm
» Dimensões (metros) – comprimento,
4,30; largura, 1,77; altura, 1,59; distância entre-eixos, 2,61; altura do solo, 0,205
» Transmissão – automática de variação
contínua (CVT) ou manual de seis marchas
» Direção – elétrica progressiva
» Porta-malas – 437 litros
» Suspensão/pneus/rodas – barra de
torção na dianteira e barra de torção na traseira/215/55R17/7,5x17
» Freios – disco nas quatro rodas
Quanto custa
LX MT – R$ 69.900
LX CVT – R$ 75.400
EX CVT – R$ 80.400
EXL CVT – R$ 88.700
Acréscimo de R$ 1.200 para pintura metálica/perolizada
* Jornalista viajou a convite da Honda.