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Grandalhão mais moderno

Importado até 2005, o SUV Explorer não vendia bem. Consumo e fama de inseguro eram problemas. Edge conta com controle de estabilidade e sistema anticapotamento

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Apesar do sucesso do EcoSport, a Ford não participa do mercado de utilitários-esportivos de luxo. A montadora importou o Explorer até 2005, mas o veículo não emplacou. O objetivo era ser uma alternativa ao Jeep Cherokee, com preço de tabela de R$ 184 mil, mas os distribuidores só conseguiam vender o veículo com descontos expressivos. O Explorer não tinha a imagem de veículo de luxo que o preço sugeria. Também não ajudou o escândalo envolvendo uma série de capotamentos do utilitário, quando equipado com pneus Firestone.

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Mas a montadora americana, em breve, terá um modelo para competir com outros utilitários de luxo. O caderno Veículos, do jornal Estado de Minas, apurou com exclusividade que a Ford vai importar o Edge para o Brasil. O utilitário foi apresentado ao público brasileiro na edição do ano passado do Salão Internacional do Automóvel em São Paulo, para testar a reação do mercado. Uma prática normal antes de decidir sobre a importação.

Novo utilitário tem elementos típicos dos novos modelos da Ford nos Estados Unidos, como linhas mais retas, a grade cromada e os faróis quadrados, motor é V6 3.5 de 269cv e câmbio, de seis marchas

A estréia mundial do Edge ocorreu no Salão de Detroit de 2006, ainda como protótipo, e o modelo chegou ao mercado americano em 2007. O veículo é um crossover, utilitário que, apesar da boa altura livre do solo e outras características de fora-de-estrada, tem vocação urbana. Além do estilo mais moderno, com a grade cromada característica dos novos modelos da marca nos EUA, uma das principais diferenças em relação ao Explorer está na concepção. Em vez de construção em chassi, derivada de caminhonete, o Edge usa monobloco, com arquitetura derivada do Fusion e, mais importante, conta com suspensão independente nas quatro rodas.

O motor é um V6 3.5 litros de 269cv, com câmbio automático de seis marchas, o que garante uma aceleração de 0 a 100km/h em menos de 8 segundos. Um desempenho expressivo, principalmente levando-se em consideração o peso acima dos 1.800kg. O carro conta com controle de estabilidade, sensor anticapotamento e airbags duplos e de cortina como equipamentos de série. Como de costume entre os importados, a versão comercializada no Brasil será a topo de linha SEL Plus, que dispõe de assentos revestidos em couro, com regulagem elétrica e ar-condicionado digital.

Ainda é cedo para falar em preços. Nos EUA, a SEL Plus, com tração integral (o carro também é vendido apenas com tração dianteira), custa a partir de US$ 30.720 (cerca de R$ 61 mil). Mas, com opcionais como reprodutor de DVD para os bancos traseiros, sensores de estacionamento, sistema de navegação e teto solar panorâmico, passa dos US$ 36 mil (R$ 71 mil). Levando-se em consideração impostos de importação - ao contrário do Fusion, produzido no México, o Edge é feito no Canadá e não se beneficia do acordo de isenção de taxas - esses valores devem, no mínimo, dobrar. Ainda assim, um preço razoável, comparando com um competidor direto como o Nissan Murano, que custa R$ 225,5 mil.