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Giro por Belo Horizonte revela flagrantes de infrações de trânsito

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Volta e meia os repórteres do caderno Vrum saem pela cidade devidamente acompanhados por um fotógrafo da “casa” para registrar o que está acontecendo no nosso universo de interesse, ou seja, veículos, curiosidades e irregularidades. Mas o que mais encontramos são infrações de trânsito, muitas mesmo, sempre reflexo de uma sociedade que não aprendeu a respeitar o outro, para poder ser respeitada também.

ERRO SOBRE ERRO O furgão de entrega descarrega a mercadoria em fila dupla, paralisando uma faixa de trânsito inteira. Tudo porque outros carros ocuparam o espaço destinado a carga e descarga de mercadorias, o que também não justifica a folga do motorista do furgão. E esta é a clássica fila dupla na porta da escola, praticidade que atrapalha a vida de 50, 100 pessoas lá atrás, em nome da comodidade de um folgado. Os motoristas de veículos que transportam valores também são campeões nesse quesito, assim como os que entregam cerveja e gás. E esta Kombi dos Correios estacionada em frente a um ponto de ônibus?

SEU FILHO... O motorista da van escolar não se envergonha de parar o trânsito de uma faixa inteira, colocando em risco a segurança das crianças, para entrar na faixa adjacente sobre sinalização que proíbe a mudança. Sem contar os pedestres que se arriscam em atravessar a trincheira a alguns metros da passarela.


MÁQUINAS ENTRE CARROS
Todos falam: “BH é um canteiro de obras”. E é verdade! Se você passear pela Savassi, vai chegar em casa com o sapato todo sujo de terra, como se estivesse na roça. E todo canteiro de obras que se preze tem máquinas trabalhando, e isso já virou rotina nessa região.


ONDE PASSO? Mas algumas vezes o pedestre é mesmo empurrado para o meio da rua, seja por veículos estacionados sobre a calçada, seja por caçambas que foram colocadas ali. Falando em caçambas, com a cidade tomada por obras e reformas, elas reinam em tudo quanto é canto. Quantas vagas foram roubadas por essa sequência de caçambas?

SÓ UM MINUTINHO Acontece sempre. A vaga é reservada a portadores de necessidades especiais e só pode ser usada por veículos devidamente credenciados. Não é o caso deste veículo estacionado ali. Uma campanha publicitária intitulada “Esta vaga não é sua nem por um minuto”, assinada pela agência The Getz, é de deixar qualquer motorista que não respeita esse espaço enrubescido. Em várias vagas de um supermercado foram colocadas cadeiras de roda com um bilhete: “Peguei o carrinho elétrico do mercado e precisei deixar a minha cadeira aqui. Volto em um minuto”. As reações são diversas. Uma motorista chega a descer do carro e tirar a cadeira da vaga. Em meio a essas cenas, as seguintes frases são colocadas: “Muitos dizem: mas se for por um minuto, tem problema?”; “Nós perguntamos: e se for na sua vaga, tem problema?”; “É ruim ver a sua vaga ocupada por quem não deveria ocupar, né?”; “Também nos sentimos assim”.



FALANDO DE COISA BOA Mas tem coisa boa por aí também. Rodando pela Avenida Antônio Carlos é possível ver três Fords Galaxy e uma picape F100 numa espécie de ferro-velho. Entrando pela ruas de trás, conversamos com um senhor que nos informou que o dono dos veículos tem outros 100 devidamente reformados num galpão ali perto. Um poste na Rua Cantagalo, no Bairro Aparecida, tem afixada uma placa de ponto de ônibus. Logo abaixo existe uma identificação muito mais completa que a oficial, trazendo a mais o número da linha que passa por ali. Segundo um morador da rua a obra de arte é de autoria de um barbeiro que trabalhava logo à frente.



POR QUÊ? Difícil de entender alguns flagrantes que temos visto nas ruas. Desse delito temos dois flagras. Primeiro uma picape Fiat Strada Adventure, depois um Fiat Uno Way, dois exemplares que saem de fábrica com suspensão elevada que foram... rebaixados! Alguém explica?



CANTO NO PONTO Imagine o luxo que é trabalhar ouvindo o canto de dois pintagols e um canário. Pois os motoristas que trabalham num ponto de táxi da Rua Alagoas se divertem com as três gaiolas deixadas ali pelo senhor Francisco Drumond, dono de uma loja de decoração. “Eles estão aqui há mais de cinco anos. Trago-os porque eles cantam demais e enlouquecem a mulher”, fato confirmado pelo taxista Adilson Rocha, que frequenta o ponto.