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General Motors cancela a venda da Opel e da Vauxhall

Marcas da Alemanha e da Inglaterra irão permanecer no portfólio do grupo norte-americano

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Após muitas deliberações e anúncios, a General Motors voltou atrás na última hora e decidiu não vender as suas subsidiárias européias, a Opel na Alemanha e a Vauxhall na Grã-Bretanha. O anúncio foi contra as avançadas negociações em que o grupo norte-americano havia se comprometido a vender a GM Europa para o grupo canadense Magna em conjunto com o banco de investimentos Sberbank da Rússia. A possibilidade de adiamento da venda, que estava ganhando força nas últimas semanas, ganhou força após a decisão final ter sido adiada pela GM no último dia 23 de outubro.

O anúncio oficial provocou contestações do consórcio Magna/Sbeerbank e do governo alemão, que já havia criado uma linha de crédito de 4,5 bilhões de euros, o equivalente a R$ 11,5 bilhões, para auxiliar as empresas. O governo alemão insinuou que irá “resgatar” o 1,5 bilhão de euros - R$ 3,8 bilhões - que já havia emprestado a Opel para conter as grandes quedas em vendas. A decisão de não vender as marcas foi motivada pela melhora na “saúde” financeira da General Motors, que acumulou perdas gigantescas de US$ 31 bilhões em 2008, o que corresponde a R$ 53 bilhões.

O grupo possui cerca de 54 mil funcionários na Europa. “Ainda que timidamente, o ambiente financeiro na Europa melhorou. Ao mesmo tempo a saúde financeira geral e a estabilidade da GM se recuperaram significativamente nos últimos meses, o que nos dá a confiança de que os negócios na Europa podem ser restruturados”, garantiu Fritz Henderson presidente da GM. Na proposta de mudança de comando da Opel/Vauxhall, especialistas estimaram uma possível perda de 10 mil empregos. As propostas de manutenção e reestruturação também causaram temores nos sindicatos europeus, que questionam a capacidade financeira da GM e a segurança dos empregos.