A Petrobras anunciou na última sexta-feira (30/06) mais uma redução no preço da gasolina vendida para as distribuidoras. A última havia acontecido ainda em junho (16/06), quando o valor do litro comercializado caiu em R$ 0,13. Agora, a redução, que começou a valer no último sábado (01/07) foi de aproximadamente R$ 0,14 por litro ou 5,3%.
Dessa forma, o novo preço médio da gasolina praticado pela estatal para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,52 por litro. O do gás de cozinha também sofreu reduções, indo de R$ 2,5356 para R$ 2,4356. Na prática, as novas medidas significam que a Petrobras está abrindo mão de sua margem de lucro.
Porém, é importante lembrar que, a diminuição do preço de venda da gasolina para as distribuidoras não significa que o combustível irá ficar, de fato, mais barato para o consumidor final, já que isso depende de outros fatores. Além disso, a nova medida da estatal acontece seguida de outras oscilações nos preços, incluindo aumentos. Entenda abaixo.
Combustível ficou mais caro após reoneração de impostos
A redução de R$ 0,14 no preço da gasolina praticado pela Petrobras ocorre logo após encarecimento do combustível decorrente do aumento dos impostos federais Pis/Cofins. Isso porque, na semana passada, a reoneração integral de tais tributos ocasionou um aumento de R$ 0,34 por litro no caso da gasolina e R$ 0,22 por litro no caso do etanol, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
A mais recente medida da Petrobras, portanto, não produzirá nada menos que uma atenuação no impacto do retorno integral do Pis e Cofins. Ainda de acordo com estimativas da Abicon, essa atenuação será de R$ 0,10 - e não de R$ 0,14 cheio, já que a redução da estatal não chega de forma completa às bombas.
Isso acontece porque os postos têm autonomia para definirem os preços que vão cobrar. Esta escolha é afetado por outros fatores além do valor de compra do combustível da Petrobras, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro.
Quanto vai custar a gasolina agora?
Dessa forma, o litro da gasolina deverá ficar R$ 0,24 mais caro ao consumidor final, e não R$ 0,34, como era o esperado com o aumento dos tributos federais (atenuação de R$ 0,10). Como o último levantamento realizado pela ANP apontou o preço médio da gasolina ao consumidor final a R$ 5,36 por litro (sem ainda amplos efeitos das últimas medidas), o novo valor médio deve, então, ficar em R$ 5,60 (acréscimo de R$ 0,24).
No entanto, vale lembrar que esse números correspondem a estimativas, já que, como dito, as reduções da Petrobras dependem de diversos outros fatores para impactarem, de fato, no preço da gasolina das bombas. Além disso, as quedas da estatal também costumam demorar alguns dias para produzirem efeitos.
Medidas anteriores também geraram sucessivas quedas e altas no valor dos combustíveis (fim da PPI (Preço de Paridade Internacional) em maio, alíquota do ICMS fixada em R$ 1,22 a partir de junho, etc.).
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