Se você é proprietário de Fiat Stilo e mora na capital, é melhor não estacionar o carro em qualquer rua sem segurança. Em novembro do ano passado, Veículos já havia alertado para um caso de furto dos frisos laterais do modelo. Agora aparecem relatos de que o Stilo tem sido alvo de um verdadeiro arrastão de componentes nas ruas de Belo Horizonte, que também incluem a grade frontal e a capa de plástico que envolve os retrovisores externos. “São itens apenas encaixados sobre a carroceria e que têm certa facilidade de remoção. Temos recebido vários donos do carro reclamando de furtos desse tipo”, revela o gerente da Só Frisos, empresa especializada na reposição desse componente, Diogo Benigno.
Como possível solução ao furto, Benigno oferece aos clientes a opção de rebitar a parte superior do componente. “Além das presilhas de fixação originais, furamos a parte superior da carroceria, onde fica o friso e que é coberta por um acabamento cromado. Não aparece nada e fica bem discreto, além de dificultar a ação do ladrão”, defende o comerciante, que comercializa o jogo de peças laterais por R$ 320.
Nas concessionárias Fiat da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o preço mínimo encontrado para o conjunto de frisos nas portas, que incluem ainda o acabamento cromado (vendido separadamente), foi de R$ 780, na Scuderia. Em outra autorizada, a Sinal, a peça sequer está disponível para compra. Grade frontal e capa dos retrovisores têm os mesmos preços na Tecar e Scuderia: R$ 269 e R$ 53,15, respectivamente. No mercado paralelo, a grade frontal não é encontrada nem em autopeças especializadas na marca Fiat. Já a peça de plástico que envolve os espelhos externos custa R$ 70 na Caputo Auto Peças.
Entre os membros do clube do modelo médio da Fiat na web, o Clube Stilo Brasil, um proprietário, de Belo Horizonte relata e expõe por meio de fotos que teve a grade dianteira e os frisos laterais do carro furtados na Savassi, zona Sul da capital. “Fui para casa indignado e, ao fazer um orçamento das peças numa concessionária, o total passou de R$ 1 mil, sendo R$ 900 só dos frisos, sem pintura”, lamenta.
CARO TAMBÉM Não é só o Stilo que apresenta alto custo de reposição dos frisos nas autorizadas. Recém substituído no mercado pelo Fluence, o Renault Mégane também cobra caro pelo componente. Somente os frisos direito e esquerdo do para-choque dianteiro do modelo custam R$ 580 e R$ 520, na ordem, na Minas France, que apresentou os menores valores para as peças. Já os frisos laterais das portas dianteiras saem por menos (R$ 213,30 cada) na Valence, enquanto os frisos das portas traseiras foram cotados por R$ 201,60, também com o menor custo, na concessionária. A facada (literalmente) termina no friso do para-choque traseiro do sedan, que custa R$ 490 na Minas France. Nenhuma das autopeças consultadas pela reportagem tinham frisos do carro da Renault em estoque.