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Freio - Bosch nacionaliza o ABS

Equipamento básico de segurança ativa, o sistema eletrônico, que evita o bloqueio das rodas, deixa de ser importado e passa a custar menos para o consumidor final

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Campinas

A Robert Bosch do Brasil inaugurou em sua fábrica de Campinas a linha de produção do sistema ABS de freios. A empresa, que tem sede na Alemanha, diz que há crescente demanda pelo equipamento e que sua nacionalização vai reduzir o custo final do equipamento.

O ABS - sistema antibloqueio de frenagem - evita o travamento das rodas numa freada de emergência e foi lançado mundialmente pela própria Bosch em 1978.

Apesar de sua importância na redução de acidentes, o índice de carros registrados no Brasil com o sistema eletrônico em 2006 foi de apenas 13%, contra a média mundial de 75%.

Desde seu lançamento há quase 30 anos, a engenharia da Bosch veio aperfeiçoando o ABS, que está hoje em sua oitava geração. Na verdade, o sistema antibloqueio dos freios foi o primeiro de uma série de sistemas eletrônicos desenvolvidos e já presentes nos automóveis para aumentar a segurança ativa, a que evita o acidente. Sete anos depois do ABS, a Bosch lançou o TCS, sistema de controle de tração, que evita as rodas patinarem durante a aceleração na arrancada ou em pisos de pouca aderência. Esses dois sistemas foram básicos para o lançamento, em 1987, do mais sofisticado equipamento eletrônico de segurança ativa, o ESP, o controle eletrônico de estabilidade.

Última geração
A Bosch decidiu produzir no Brasil o ABS 8, sua última geração, ao perceber o aumento da taxa de aplicação do equipamento nos veículos produzidos no Mercosul. A empresa diz que o ABS custa no Brasil entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, mas não revelou qual a redução de preço com a nacionalização, pois ele é fornecido diretamente para as montadoras e elas estabelecem o preço final ao consumidor.

Alguns componentes do sistema ABS produzido no Brasil ainda são importados da Alemanha e a capacidade da linha inaugurada em Campinas é de 250 mil unidades anuais, tendo representado investimento de cerca de R$ 25 milhões.

(*) Jornalista viajou a convite da Robert Bosch do Brasil