Quem vê a Ford Transit vendida no Brasil não faz ideia da história da van. Afinal, enquanto o modelo desembarcou apenas em 2008, vindo da Turquia, lá fora a história já remonta a 45 anos, uma carreira que a coloca no patamar de ícones da marca, como o Mustang. Na verdade, a primeira van a levar este nome foi a Taunus Transit, lançada pela Ford alemã, em 1953, mas foi o modelo inglês de 1965 que adotou o batismo como primeiro nome, um ano que o fabricante rememora pelo lançamento do filme A noviça rebelde e, em outra ponta, pela invenção de Mary Quant: a minissaia. Ao longo desses anos foram três gerações completamente novas, afora as sete reestilizações, que alteraram o perfil do furgão, com mais de seis milhões de unidades vendidas desde então.

Foi tempo o suficiente para a criação de peças publicitárias que refletiam o período, ou nem tanto, como a de 1978 que traz um curioso modelo de três eixos plantado em plena Lua, com a carroceria repleta de inscrições 3001 — o último pouso tripulado no satélite foi em 1972. Em outras peças, a van se mescla com animais, seja mimetizando a pelagem de uma zebra, seja levando um modelo em tamanho natural de um Cetossauro, um robusto dinossauro herbívoro de 15 metros. Quando a nova geração foi lançada, em 2006, não tardou para ganhar o prêmio de Van do Ano em 2007. Para comemorar em alto estilo, a Ford criou uma versão limusine, a Transit XXL, ou extra extra large. Apenas uma das muitas faces da van. Na vida real, a Transit já foi desde carros de acrobacias para Steve Mattheus, em 1985, quando saltou uma fileira de 15 carros, até mesmo base para um bólido de corridas de 650cv, em 1995, capaz de ultrapassar os 300 km/h. Uma versão para entregas realmente rápidas, claro.

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