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Ford New Fiesta 2018 chega mais caro, a partir R$ 56.690, e mantém o problemático PowerShift

Com mudanças de visual muito discretas, versão de entrada ficou R$ 3 mil mais cara. E mesmo com o histórico problemático, câmbio automatizado PowerShift foi mantido

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Ford New Fiesta 2018 chega mais caro, a partir R$ 56.690, e mantém o problemático PowerShift
Ford New Fiesta 2018 chega mais caro, a partir R$ 56.690, e mantém o problemático PowerShift Foto: Ford New Fiesta 2018 chega mais caro, a partir R$ 56.690, e mantém o problemático PowerShift

As discretas modificações foram feitas na grade, para-choque e moldura do farol de neblina

 

De Tatuí (SP) - Poucas gerações de um modelo ganham duas reestilizações ao longo de sua vida. O normal é o modelo trocar de geração, quando sofre profundas mudanças e, no máximo dentro de três anos, uma reestilização, que vai mantê-lo atual por mais dois ou três anos para depois evoluir ainda mais. O Ford Fiesta 2018 é a segunda reestilização da sexta geração do modelo no Brasil – ele foi lançado por aqui como New Fiesta em 2011, importado do México, e foi nacionalizado em 2013, quando ganhou sua primeira reestilização.

O para-choque traseiro ganhou um aplique e as lanternas agora têm assinatura em LED


Porém, as mudanças foram tão sutis que é até difícil chamar de reestilização: uma nova grade, para-choque dianteiro, farol de neblina e um aplique no para-choque traseiro. A versão topo de linha Titanium ganhou luzes diurnas de LED e uma assinatura luminosa de LED na lanterna. Mais parece que a Ford, vendo lançamentos como Fiat Argo e Volkswagen Polo, queria mesmo é mostrar que seu hatch premium ainda estava na disputa.

 


Mas é preciso fazer justiça. As linhas do Fiesta continuam atraentes e esportivas, com teto arqueado, caixas de roda volumosas, capô musculoso e linhas laterais ascendentes. No interior, destaque para a tela do sistema multimídia Sync 3, que foi deslocada para cima. O Sync 3 também é novidade, com sua tela tátil de 6,5 polegadas, função de espelhamento com smartphones (Android Auto, que permite o uso do Waze, e Apple Carplay), sistema de navegação integrado, câmera de ré, aplicativos e funções de segurança.

No interior, destaque para a tela do sistema multimídia Sync 3, que foi deslocada para cima

 

DESCONFIANÇA A Ford foi corajosa ao manter no Fiesta a opção do problemático câmbio automatizado de seis marchas PowerShift. Mesmo com a implementação de melhorias, o mercado desenvolveu uma forte resistência a esse câmbio. Tanto que o fabricante nem vai mais usar seu nome para identificá-lo.

 

No mais, os motores são os mesmos de sempre: o 1.6 flex de até 128cv de potência, disponível também com câmbio manual de cinco marchas, e o 1.0 Ecoboost (com turbocompressor e injeção direta de combustível), com 125cv. Segundo a Ford, a suspensão foi aperfeiçoada, com novos amortecedores, melhorando a relação entre conforto e estabilidade.
Para não se dar mal nos testes de impacto do LatinNCAP – como aconteceu com o Ford Ka que zerou as notas –, foram acrescentados reforços estruturais que, segundo a Ford, trarão bons resultados. Vale lembrar que na Europa o Fiesta já está na sétima geração, que soluciona alguns vícios como o pouco espaço interno.

PREÇOS E CONTEÚDO Apesar de ter somado apenas faróis de neblina, sensor traseiro de estacionamento e o sistema multimídia Sync 1, com tela de 3,5 polegadas e comandos por botões, a versão de entrada 1.6 SE (R$ 56.690) ficou R$ 3 mil mais cara, e agrega itens como rodas em aço de 15 polegadas com calotas, ar-condicionado, direção elétrica, retrovisores com ajustes elétricos, vidros dianteiros elétricos e computador de bordo.


Para equipar o hatch com o pacote esportivo Style acrescente R$ 2.900 para levar itens como rodas de liga leve de 16 polegadas, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa. Já o pacote Plus AT tem câmbio automatizado, Sync 3, assistente de partida em rampa e vidros traseiros elétricos.

A versão topo de linha Titanium traz de série luz diurna de LED


A versão intermediária 1.6 SEL (R$ 61.090) traz de série rodas de liga leve de 15 polegadas, ar-condicionado digital, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, vidros traseiros elétricos e o Sync 3. Para acrescentar câmbio automatizado é preciso pagar mais R$ 4.300. A versão SEL Ecoboost (R$ 69.790), além do motor 1.0 turbo, soma rodas de 16 polegadas, grade, retrovisores e moldura dos faróis de neblina pretos.


A 1.6 Titanium AT (R$ 71.190) é a versão de topo e tem acabamento cromado, rodas de 16 polegadas e piloto automático. Para acrescentar bancos revestidos em couro, sete airbags, retrovisor eletrocrômico, sensores de chuva e de luz é preciso comprar o pacote Plus por R$ 4 mil.

* Jornalista viajou a convite da Ford