Clarissa Mangueira, da Agência Estado
Nova Iorque - A Ford anunciou um recall de 33.256 veículos para resolver um problema no mecanismo de reclinação dos bancos dianteiros em parte dos modelos 2010 dos sedans Fusion e Mercury Milan, bem como em muitos veículos dos modelos Explorer, Explorer Sport Trac e Mercury Mountaineer.
Segundo uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal, alguns dos veículos não cumprem os requisitos dos padrões de segurança de automóveis. "Em caso de acidente, o encosto e o apoio para a cabeça podem se mover para trás, aumentando o risco de ferimentos", de acordo com o aviso do recall publicado pela National Highway Traffic Safety Administration nos EUA.
Os modelos afetados foram montados entre dezembro de 2009 e fevereiro deste ano, antes do problema de qualidade com o assento ser descoberto na fábrica, de acordo com a porta-voz da companhia, Wes Sherwood. O Fusion é um dos carros mais vendidos da Ford, com 51.411 unidades comercializadas desde o início do ano.
A Ford enviará cartas para os proprietários dos veículos que deverão passar pelo recall em maio. Eles poderão levar seus veículos para serem reparados no centro de serviços da montadora após receberam a correspondência, afirmou Sherwood.
Em fevereiro, a Ford anunciou separadamente que iria consertar o software dos modelos híbridos Fusion e Mercury Milan 2010 devido a um problema que pode fazer com que os motoristas acreditem que os freios perderam potência.
O anúncio da Ford se segue a uma reportagem feita pela revista americana Consumer Reports de que seus pesquisadores tinham experimentado uma perda de potência de frenagem enquanto conduziam um Fusion, com as luzes de freio do sistema de alerta acesas. O carro demorou a parar e, após o motorista desligar o motor e ligá-lo outra vez, o carro voltou ao normal, afirmou a revista.
Os anúncios de recall despertaram uma atenção maior nos últimos meses, depois que a Toyota teve de realizar uma revisão de milhões de seus veículos mais vendidos devido a problemas de qualidade, incluindo relatórios de aceleração súbita e involuntária. As informações são da Dow Jones.