O modelo 2CV fez muito sucesso na Europa do pós-guerra exatamente pelas suas soluções inovadoras, simples e eficientes, principalmente para a época, como motor refrigerado a ar, partida elétrica, quatro rodas independentes, capota enrolável, quatro cômodos lugares com bancos removíveis e consumo bem reduzido. Sessenta anos depois, a Citroën se inspira em algumas ideias do lendário carrinho, mas deixa de lado a simplicidade no acabamento para criar o conceito Revolte.
As linhas são bem arrojadas e fluidas e alguns detalhes remetem ao 2CV, como a grade dianteiras mais ?focinhuda?; a frente mais baixa; a traseira em cunha; e o teto enrolável, mas como sistema de captação de energia solar, com células fotovoltaicas, capaz de alimentar sistema que proporciona conforto a bordo. As portas são do tipo suicida e se abrem em sentido contrário, com ausência da coluna central. As rodas de desenho futurista, com pneus de perfil muito baixo, e a cor roxa da carroceria, com branco no teto e na tampa do porta-malas, completam o visual exótico.
Só três
Na verdade, o novo conceito segue o caminho oposto, ou seja, o do luxo, principalmente se considerarmos a proposta de um carro compacto e urbano. Para garantir muito conforto aos ocupantes, o Revolte leva apenas três pessoas, sendo o motorista na frente e dos passageiros atrás, que podem tranquilamente esticar as pernas. A cabine é toda em alumínio e o interior, revestido em veludo, na cor vermelha, e couro na cor preta. Na verdade, a intenção da marca francesa é de que os ?habitantes? desse conceito se sintam num lounge. O painel tem tela do tipo touch screen e o habitáculo tem sistema que recicla o ar da cabine.
O sistema híbrido associa um motor de combustão interna de pequena cilindrada ? não foram revelados mais detalhes ? a outro elétrico, sendo que o Revolte pode rodar apenas com energia elétrica ou usar o motor a combustão para recarregar as baterias. As dimensões externas desse conceito são bem modestas: 3,68 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,35 m de altura.