De Santiago, Chile (*) - A Fiat resolveu engrandecer o seu sedã compacto Siena, que apesar do bom volume de vendas, ainda fica atrás do ultrapassado Chevrolet Corsa Sedan (alavancado pelo Classic). O fabricante usou o recurso do Grand no nome - como fez com o Punto na Itália - para ressaltar as dimensões ampliadas da nova plataforma, que resultaram em maior espaço interno e um porta-malas de fazer inveja em carro grande.
São quatro versões com motores Fire 1.4 EVO flex ou tetrafuel e E.torQ 1.6 16V flex, câmbios manual ou Dualogic, e um interessante pacote de equipamentos. O desenho do carro foi desenvolvido em parceria pelos centros de estilo da Fiat de Betim e da Itália, mas o carro ficou com jeito de chinês. Qualquer semelhança não é mera coincidência, já que alguns modelos orientais foram projetados por estúdios italianos.
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Dirigindo
O interior está mais amplo, principalmente para quem senta atrás, onde há mais espaço para as pernas e cabeça, que já não bate mais no teto. O segredo foi aumentar a distância entre o banco e as laterais. O apoio de cabeça central passa a ser de série, mas o cinto de segurança do meio continua abdominal. O acabamento interno aparenta boa qualidade, com plástico mais duro no painel e tecidos de textura agradável.
Em estrada plana e de bom piso, o sedã mostrou um rodar mais macio e silencioso. O motor 1.4 flex cumpre a função de forma razoável, exigindo mais trocas de marchas, principalmente quando o ar-condicionado está ligado. Já o 1.6 flex apresenta melhor desempenho, mas nada que chegue a entusiasmar. A Fiat parece ter encontrado um ajuste mais equilibrado para as suspensões, reduzindo a inclinação da carroceria em curvas e filtrando um pouco mais as irregularidades do solo. A redução do peso em 10% e a melhora do coeficiente aerodinâmico em 5% parecem também ter contribuído para melhorar o desempenho.
ESTILO Diferente do Palio, o novo Grand Siena tem estilo mais sóbrio, com faróis espichados de duplo refletor que invadem as laterais e uma discreta grade de barras paralelas. Vincos no capô e o para-choque com desenho diferenciado enfatizam o aspecto aerodinâmico. As laterais são limpas e a traseira tem lanternas horizontais, porém um pouco mais largas do que as da geração atual. No geral o desenho ficou equilibrado, harmônico, mantendo uma tradição do modelo, que sempre agradou pelo visual. Mas não há como não perceber uma semelhança com certo concorrente chinês.
Por dentro, o acabamento é de boa qualidade e o painel, em duas cores, é muito semelhante ao do novo Palio, exceto pelas saídas de ar. O quadro de instrumentos tem iluminação branca, facilitando a visualização. O modelo pode ter até 15 porta-objetos em seu interior, dependendo da configuração e dos opcionais escolhidos. O sistema de som é composto por rádio/CD/MP3 com USB/iPod e bluetooth.
MOTORES O Grand Siena terá os já conhecidos motores Fire 1.4 EVO (85cv com gasolina e 88cv com etanol) e o E-torQ 1.6 16V flex (115cv gasolina e 117cv etanol). Detalhe: o 1.4 tem a versão Tetrafuel, que funciona com etanol, gasolina, gasolina sem álcool e gás natural (GNV). E o 1.6 pode vir equipado com o polêmico câmbio automatizado Dualogic.
VERSÕES São quatro versões, sendo que a Attractive (1.4 ou 1.6), a primeira, traz de série airbag duplo frontal, freios ABS com EBD (controle eletrônico de distribuição de frenagem), direção hidráulica, travas e vidros elétricos, sistema de abertura elétrica do porta-malas, faróis de neblina, volante com regulagem de altura, computador de bordo e alerta de limite de velocidade. Ar-condicionado é opcional. As outras versões são Essence 1.6 e Essence Dualogic, a mais completa. O modelo terá opção de 12 opções de cores e garantia de um ano sem limite de quilometragem.
PREÇOS Os preços do Grand Siena são: Attractive 1.4, R$ 38.710; 1.4 Tetrafuel, R$ 48.210; Essence 1.6 flex manual, R$ 43.470; Essence 1.6 Dualogic, R$ 45.900. E a geração anterior, que continuará disponível como versão de entrada, será disponibilizada em duas opções com preços reduzidos: Siena EL 1.0 por R$ 31.180 e Siena EL 1.4 por R$ 33.300.
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(*) O jornalista viajou a convite da Fiat.
