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Fiat Grand Siena decepciona proprietários com diversos problemas mecânicos

Taxistas que apostaram na compra do Grand Siena devido ao sucesso da geração anterior do sedã estão insatisfeitos com vários defeitos apresentados pelo modelo

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Fiat Grand Siena decepciona proprietários com diversos problemas mecânicos
Fiat Grand Siena decepciona proprietários com diversos problemas mecânicos Foto: Fiat Grand Siena decepciona proprietários com diversos problemas mecânicos

Desgaste prematuro da embreagem, mostrado por Roney César, é recorrente no Grand Siena


Em time que está ganhando não se mexe. Foi pensando nesse velho ditado e motivados pelo sucesso e baixo custo de manutenção da primeira geração do Fiat Siena que um grande número de taxistas de Belo Horizonte optou por adquirir o Grand Siena, lançado em 2012. Mas o resultado não tem sido o esperado, pois essa nova geração do sedã compacto, que recebeu desenho e interior novos, tem apresentado diversos problemas mecânicos e decepcionado tanto os motoristas de praça quanto outros proprietários de modelos particulares.

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O mecânico Roney Cesar, da oficina Só Táxi, afirma que chega a receber, semanalmente, cerca de 30 unidades de Grand Siena, com vários tipos de defeitos, dentre os quais os mais comuns estão relacionados aos sistemas de suspensão e transmissão. “Em seis meses, cheguei a trocar mais de 20 caixas de marcha avariadas, sendo que consertei mais de 30 no período, todas apresentando vazamento de óleo”, conta Roney, que destaca também a incidência de um barulho crônico na suspensão dianteira do sedã.

Rodney Antonio da Silva, taxista e dono de um Grand Siena Attractive 1.4 2013, com 62 mil quilômetros, conta que foi até a oficina para trocar a embreagem do seu carro pela segunda vez. “A primeira troca foi aos 43 mil quilômetros e, inacreditavelmente, com menos de 20 mil quilômetros, outro conjunto de embreagem teve que ser instalado.” Silva relata que a bateria do seu carro durou apenas quatro meses e que a caixa de marchas precisou de um novo retentor para conter um vazamento. Ele também reclama de um incômodo ruído seco proveniente da suspensão dianteira, que nunca é solucionado, apesar de já ter levado o veículo à concessionária Strada para a verificação.

Efraim de Almeida fica inseguro com barulho no airbag frontal



Desde a primeira revisão, o taxista Efraim Ribeiro de Almeida, proprietário de um Grand Siena 1.4 Tetrafuel 2014, que está com 38 mil quilômetros, alerta a concessionária Strada a respeito de um vazamento na caixa de marchas que insiste em continuar. “Além do vazamento na caixa, o airbag do lado do passageiro apresenta um dispositivo interno solto que tem incomodado e causado insegurança”. Cansado de aguardar os reparos para o veículo, que é sua ferramenta de trabalho, Almeida decidiu reivindicar seus direitos de consumidor na Justiça.

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Outros problemas que o mecânico Roney Cesar enumera e que são facilmente encontrados no Grand Siena estão nos discos de freio, que empenam com frequência, rolamentos avariados, folga nos coxins da suspensão e a mangueira superior do radiador estoura facilmente. “Gostaria de saber e entender o que a Fiat fez com esse Grand Siena, pois a geração anterior do modelo não apresentava tantos problemas. Pelo contrário, a maioria dos clientes da oficina que tem a geração anterior do Siena está muito satisfeita”, comentou Cesar.

DECEPÇÃO

Jadison Benevenuto dos Santos, que trabalha como taxista há 35 anos, ressalta que, nesse período, teve diversos modelos da Fiat. Porém, ele afirma que nenhum outro carro deu tanta dor de cabeça quanto o seu atual Grand Siena Essence 1.6 2013, que está com 30 mil quilômetros e 10 meses de uso: “A embreagem quebrou aos 15 mil quilômetros e a suspensão bate muito. O motor de arranque já foi substituído e também tive problemas com a parte elétrica e a fechadura do porta-malas”. Muito decepcionado, Santos afirma que este é o último carro que adquire da marca italiana.



Mais um caso de barulho na suspensão foi verificado no Grand Siena Essence 1.6 2013/2014 do analista de sistemas Paulo Marcelo Alves. “A sensação é de que tem alguma coisa batendo. Quando levei o veículo pela primeira vez à rede autorizada, os procedimentos adotados foram o ajuste e a lubrificação do batente da suspensão, que nada resolveram”, declarou. Recentemente, Alves retornou à concessionária Tecar para uma nova tentativa de solucionar o defeito: “Dessa vez trocaram os amortecedores dianteiros, coifas e o batente da suspensão, mas o problema ainda continua. Isso é uma falha de projeto do veículo e um desrespeito com o consumidor. Cheguei a andar em um modelo semelhante ao meu com apenas 500 quilômetros e ele apresentou a mesma situação. Estou bastante frustrado”.

FABRICANTE Consultada, a assessoria da Fiat informou que não há uma única resposta para os casos apresentados e que para um melhor esclarecimento sobre a questão seria necessário um levantamento dos históricos dos veículos envolvidos.