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Farus - Esportivo mineiro

Posicionamento do motor entre os eixos conferia ao esportivo Farus uma excelente estabilidade. Modelo começou usando o motor 1.3 litro, de 72cv, do Fiat 147 Rallye

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O Quadro de 1989 sobreviveria apenas 1 ano, com a falência da Farus em 1990

O nome Farus é um arranjo para "Família Russo", detentora de uma fábrica de equipamentos para a indústria alimentícia na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Seu primeiro modelo, o ML 929, chegou ao mercado em 1978. No cupê de dois lugares e faróis escamoteáveis, havia o predomínio de longas linhas retas, inspiradas no famoso Lotus Esprit. A carroceria era feita em fibra de vidro e montada sobre monobloco em aço. Na mecânica, assim como no interior do carro, eram usadas várias peças da Fiat.

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A principal característica desse modelo era a localização central do motor, responsável pela boa distribuição de peso, aspecto fundamental para um esportivo porque contribui muito para sua estabilidade. No começo, o ML 929 usava o motor 1.3 litro do Fiat 147 Rallye, com carburador Webber de corpo duplo, que desenvolvia 72cv de potência. Com tração traseira, o Farus trazia ainda freios a disco nas quatro rodas.

Sem teto

Em 1982, o Farus começa a usar o motor 1.6 do Passat TS, com carburador Solex de corpo duplo e 80cv, e passa a ser denominado TS. Dois anos depois, foi lançado o modelo Beta, sem grandes alterações, que trouxe os motores GM 1.8 e depois 2.0, que equipava o Monza. O Beta também marcou a chegada do Farus Cabriolet, com a carroceria conversível, opção digna de qualquer bom esportivo.



O diferente

Em 1989, o fabricante mineiro lançou o Quadro, um modelo já bem diferente dos anteriores, a começar pelo posicionamento dianteiro do motor. Tratava-se de um cupê 2+2 lugares, com carroceria em fibra de vidro e chassi tubular, faróis escamoteáveis e estilo bem comportado. Mas o veículo era confortável, com ar-condicionado, direção hidráulica, coluna de direção eletricamente regulável, vidros e travas elétricos. O propulsor usado nesse modelo, que passou a ter tração dianteira, era o AP 1.8 da Volkswagen.

No interior, o painel trazia vários mostradores feitos exclusivamente para o modelo: nível de combustível, hodômetro, relógio, conta-giros, temperatura do motor, nível do óleo, temperatura do óleo e carga do alternador. Mas o Quadro também usava peças de veículos nacionais produzidos em série, sendo a lanterna traseira a mesma usada no Gol, a mais evidente. Mas esse modelo não teve vida longa porque a empresa fechou as portas em 1990.