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Fabricante artesanal cria Mercedes-Benz SLS retrô

Superesportivo é reformado pela Gullwing America, especializada nos Asa de Gaivota

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Ao apresentar o novo SLS AMG, sucessor ?espiritual? do clássico Asa de Gaivota, a Mercedes-Benz se apressou em dizer que o desenho do superesportivo não era retrô, uma releitura do antigo 300SL de 1955. A Gullwing America, empresa texana que carrega Asa de Gaivota no seu nome, resolveu dar uma pitada a mais de nostalgia no novo bólido alemão e criou a versão Panamericana do bólido. O fabricante artesanal, que ficou famoso por recriar o 300 SL com mecânica e conforto modernos, conseguiu incluir na carroceria do novo SLS alguns toques que recriam a mística do modelo original.

A começar pelos faróis mais arredondados - aparentemente emprestados de um Porsche -, como as peças carenadas do 300SL original, que nasceu nas pistas em 1952 e só depois ganhou uma versão de rua. O carro de competição fez sucesso nos circuitos e ganhou a corrida Carrera Panamericana no México no ano de sua introdução, feito que inspirou o nome dessa versão. A grade com o friso agora destaca o símbolo da estrela de três pontas em uma grade recuada em treliça. Os para-lamas ganharam ressaltos sobre as rodas, que replicam os frisos do modelo da década de 50, na época o carro de passeio mais rápido do mundo ? com a marca de 260 km/h ? e o primeiro equipado com injeção direta. Dentro da mesma linha, os retrovisores e as lanternas receberam acabamento cromado.

Veja mais fotos do Gullwing America SLS AMG!

A traseira, curiosamente, passou a ostentar um grande defletor, que acomoda quatro grandes saídas de escape, em um estilo menos contido até mesmo que o SLS AMG apresentado no último Salão de Frankfurt, em setembro. O pacote oferecido pela Gullwing America é apenas estético. O kit é composto por sete peças feitas em alumínio e fibra de carbono.

Traseira ostante um agressivo defletor com quatro saídas de escape



Entre os componentes estão os faróis especiais de xênon, rodas de fabricação própria em forma de estrela com 19 ou 20 polegadas, escapamentos especiais, saídas de ar laterais e retrovisores cromados e nova grade. O interior recebe outro toque retrô: revestimentos em couro Alcântara na faixa central dos bancos em um tom diferente, o que recria a ambientação bicolor em voga no período, algo que contrasta com as soleiras das portas de alumínio com a inscrição Panamericana iluminada.

Sob o capô com os dois ressaltos afilados e quase dois metros de comprimento está um V8 6.3 aspirado, que entrega 578 cv de potência a 6.800 rpm e 66,2 kgfm de torque a 4.750 rpm. Um poder administrado por um câmbio manual automatizado de dupla embreagem e sete marchas, com trocas sequenciais por paletas no volante. O desempenho deixa de lado a inspiração no passado. O superesportivo da marca da estrela crava apenas 3,8 segundos na aceleração de zero a 100 km/h, com uma velocidade máxima limitada a 315 km/h. Se não é o mais rápido do mundo faz justiça ao antepassado.