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Extrapesados: Man estreia no Brasil

TGX 29.440 6x4 é primeiro Man produzido na fábrica brasileira de Resende

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Do Guarujá, SP - Líder no mercado brasileiro no segmento de caminhões, faltava à Volkswagen entrar no segmento dos extrapesados. Lacuna que a empresa alemã passa a preencher esta semana, com o lançamento da linha Man TGX. O novo produto une o útil ao agradável, já que ao mesmo tempo em que amplia o leque de produtos da Volkswagen marca o início de comercialização da marca Man no Brasil. A Man, empresa alemã com 254 anos de mercado, foi adquirida pela VW em 2009, quando foi criada a Man Latin America. Em vez de entrar no mercado de imediato com a importação de caminhões, no entanto, a empresa adotou como estratégia desenvolver um produto especificamente para o mercado brasileiro (ou latino-americano, já que deverá ser exportado para toda a América Latina).

O modelo escolhido, tendo como base pesquisa com consumidores, foi o TGX, eleito caminhão do ano 2008 na Europa, que começou a ser testado no Brasil a partir de 2009. Foram detectadas as necessidades do país e implementados 240 itens para adequação do modelo ao clima e estradas brasileiros. A decisão foi por produzir o modelo no Brasil, criando uma linha de montagem independente na fábrica da Volkswagen em Resende, no Rio de Janeiro. Não só da fábrica, os modelos Man também usufruirão da estrutura da rede de concessionárias Volkswagen já consolidada no Brasil, no modelo dual brand, em que as duas marcas são comercializadas de maneira conjunta.

O TGX, que já pode ser encomendado a partir desta semana, chega ao mercado mês que vem, a princípio na configuração 29.440 6x4, com preço de R$ 420 mil. Em julho começa a ser vendido o TGX 33.440 6x4 (com redução nos cubos para operações específicas) e em outubro o TGX 28.440 6x2.

ESPECIFICAÇÕES O motor Man D26 de seis cilindros tem 12,4 litros e potência de 440cv para dar conta de um caminhão com peso bruto total (PTB) de 23t e peso bruto total combinado (PBTC) de 74t. O torque é de 224,3kgfm entre 950 e 1.400rpm.

Uma das características solicitadas pela engenharia brasileira (não é assim na Europa) é o câmbio automatizado de 16 marchas, de série (câmbio manual é possível, mas sob encomenda). Também faz parte do modelo tropicalizado um acelerador inteligente, eletronicamente controlado para gerenciar o consumo de combustível.

A presença de freios a tambor – que segundo o fabricante foi um pedido dos consumidores tendo em vista o baixo custo da manutenção e maior facilidade em operações em estradas de terra, abrasivas aos freios a disco – é outra alteração no modelo brasileiro. Os freios têm sistema ABS e EBS, que permite a frenagem do cavalo e carreta ao mesmo tempo, evitando o temido efeito L.

Por dentro, o extrapesado chega a lembrar um automóvel. O volante é multifuncional e o ar-condicionado digital é de série. Há muitos porta-trecos e diversos ajustes para o banco e volante que permitem boa posição de dirigir a condutor de qualquer estatura. O espaço interno é bom, com túnel central baixo e facilitado por duas opções de altura da cabine: XL ou XLX.

O GTX começa com 40% de nacionalização e previsão de 60% em um ano. Devem ser comercializadas, das três configurações, 1 mil unidades no primeiro ano. E o objetivo, dentro de três anos, é chegar à venda de 5 mil unidades por ano.