Os veículos automotores são responsáveis por 9% das emissões de gases poluentes despejados na atmosfera. Embora o número seja pequeno, ele não é insignificante, fazendo com que o a indústria automobilística em todo o mundo abrace ideias sustentáveis. O Brasil é referência mundial com o etanol. O nosso combustível, derivado da cana-de-açúcar, já é uma excelente contribuição para a redução de gases nocivos ao meio ambiente.
Confira as fotos do Chevrolet Volt e da expedição em BH!
Melhor do que carros movidos a etanol, são os movidos a eletricidade. Em todo o mundo, existem apenas dois modelos elétricos: Nissan Leaf e Chevrolet Volt. Este último foi lançado em dezembro do ano passado nos Estados Unidos. Em 11 meses, as vendas do modelo superaram a expectativa da montadora. No mercado americano, o elétrico é vendido por US$ 41 mil, mas alguns estados subsidiam parte do valor. Na Califórnia, por exemplo, o Chevrolet Volt é comercializado por cerca de US$ 33 mil. Ainda sim, mais caro do que automóveis com propulsor a combustão e da mesma categoria do Volt, como o Chevrolet Cruze, que custa US$ 23 mil. “Quem compra o Volt quer a tecnologia limpa, sustentável e está disposto a pagar mais por isso, pois há outras opções no mercado mais baratas”, explica Nelson Silveira, gerente de Relações Públicas da GM do Brasil.
O sucesso do Volt nos EUA foi tão grande, que a GM aposta no mesmo sucesso na Europa, onde o modelo foi lançado neste mês em seis países. Em 2012, a General Motors pretende produzir 45 mil unidades do Volt, sendo que 15 mil abastecerão o mercado europeu.
O que vale no Volt!
O consumidor busca a tecnologia sustentável, mas isso não basta. O veículo tem que suprir as necessidades diárias. Segundo a própria GM, 80% dos usuários de automóveis no mundo rodam menos de 50 km por dia. O projeto do carro elétrico da Chevrolet foi feito para atender esse público. O proprietário carrega as baterias de íon de lítio em uma tomada residencial. Em corrente 110 volts, são necessárias 10 horas para a carga completa. Se a tomada for 220 volts, o veículo estará com as baterias completamente recarregadas em quatro horas, dando autonomia para rodar em média 57 km apenas com o motor elétrico. Caso o motorista necessite rodar mais sem recarregar as baterias, um motor a gasolina entra em funcionamento para gerar energia para o motor elétrico, que continua tracionando o veículo de forma integral.
Vantagem para o meio ambiente
A GM do Brasil importou cinco unidades do Volt para o Brasil para realizar o VoltXpedition, uma expedição que percorre algumas capitais brasileiras para mostrar a tecnologia do modelo. Junto com escolas de engenharias das maiores universidades brasileiras, a expedição mostra tecnologias alternativas em propulsão e energia. Esta semana, o grupo desembarcou em Belo Horizonte, onde o Vrum se juntou a ele. Acompanhamos um congresso realizado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde foram debatidos as novas tecnologias que viabilizam a diminuição de emissão de CO2.
Na chegada à universidade, o Volt virou objeto de estudo dos alunos que olhavam atentamente cada detalhe do carro. Professores da UFMG e engenheiros da Chevrolet explicavam o funcionamento do Volt. No auditório, um estudante questionou a matriz energética dos Estados Unidos. Na América do Norte, apenas 4,3% da energia é renovável, enquanto no Brasil, por exemplo, esse número sobe para 13,5%. Isso significa que na prática que a geração de energia para carregar as baterias de um carro elétrico, que não emite poluentes, pode poluir o meio ambiente. O engenheiro Gino Spada, da GM, comentou que as montadoras que investem em veículos elétricos estão fazendo sua parte para a garantir um ambiente mais sustentável, mas que os órgãos governamentais deverão fazer a parte deles, renovando as matrizes energéticas tornando-as mais sustentáveis.
Ao volante
O Vrum dirigiu o Volt no intenso trânsito urbano de Belo Horizonte e também em rodovia. Não há quem não olhe para o carro. É realmente um estranho entre nós. Além de uma tecnologia inédita nas ruas, o desenho do Volt é totalmente futurista, gerando comentários de motoristas e pedestres em cada sinal de trânsito. Claro que não faltaram fotos pelo caminho.
O Vídeo abaixo mostra como o Volt funciona:
Para dar a partida no motor, esqueça o ruído. O condutor sabe que está pronto para partir quando o painel e a tela do computador de bordo ligam automaticamente, indicando que o motor está em funcionamento, mas sem nenhum ruído. Barulho, só do atrito do pneu com o solo. Em local muito silencioso, é possível ouvir um pequeno barulho, que lembra os carros voadores do futurista desenho animado dos Jetsons.
Com força de 150 cv, o motor não decepciona em nenhum momento. Uma barra verde no painel indica a autonomia das baterias. Foram 68 km de puro silêncio rodando com o Volt pelas ruas de Belo Horizonte. No início da BR 040, saída para o Rio de Janeiro, a carga da bateria chegou ao fim e o motor gerador, que funciona a gasolina, passou a mandar energia para o propulsor elétrico, que continuou tracionando o Volt com o mesmo vigor.
A tela central do computador de bordo mostra, através de uma animação, a forma de condução do veículo, se o sistema está armazenando energia ou liberando.
Homologado para quatro ocupantes, todos viajam com conforto no Volt. Apesar de levar uma pessoa a menos, o modelo elétrico possui espaço similar ao do Chevrolet Cruze, por exemplo.
O VoltXpedition segue no início de dezembro para Recife. A Chevrolet informou que não há intenção de importar o modelo para o Brasil.
O Vídeo abaixo foi produzido pela Chevrolet e mostra um pouco sobre a expedição VoltXpedition: