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EcoSport 2008 - Sucesso de cara nova

Mesmo com as boas vendas, Ford faz plástica na frente e traseira de seu utilitário compacto. Interior ganhou novos materiais e acabamento um pouco melhor. Mecânica mudou pouco

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Faróis foram redesenhados, há aplique em plástico na grade e ressalto no pára-choque simula quebra-mato

De Mairiporã (SP) - Com mais de 180 mil unidades vendidas desde seu lançamento, no início de 2003, o EcoSport é um dos grandes sucessos da Ford no Brasil. Mesmo estando no seu quarto ano de vendas, o jipinho, que usa a mesma plataforma do Fiesta, recebeu uma atualização. Um dos motivos foi acompanhar a plástica feita no irmão menor, do início no ano.

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As modificações no visual se restringem à frente e traseira, mas são suficientes para alterar bastante a cara do EcoSport. Diferentemente do Fiesta, cujos faróis alongados seguem a filosofia Kinetic (que simula um carro em movimento, mesmo estando parado), o EcoSport ganhou linhas mais duras, de acordo com a Ford, para aproximar o visual àquele dos utilitários vendidos no mercado norte-americano.

Frente
Na dianteira, os faróis ganharam um visual irregular, mas geométrico, e avançam sobre o capô e a grade dianteira. As luzes são de dupla parábola, e o pisca mudou de posição, da parte de cima da lateral para o meio, numa posição mais baixa. Na grade propriamente dita, que é em forma de colméia, está o que deve ser o elemento mais controverso no novo estilo: um aplique plástico, em forma de H, que tem o objetivo de deixar a frente mais agressiva, mas que deixa a impressão de um acessório pensado para depois que o desenho já havia sido fechado. O capô também teve que ser revisto, devido ao novo formato dos faróis.

O pára-choque também foi redesenhado e ganhou ressaltos em volta da placa, lembrando um quebra-mato. Mas João Marcos Ramos, gerente de design na Ford, faz questão de explicar que não se trata de um pára-choque de impulsão, apenas lembra um. Um detalhe que ficou de fora da reforma foi a grade da tomada de ar, que fica debaixo do pára-choque. Dessa forma, o radiador fica exposto, o que representa um risco, que se torna ainda maior para um carro com proposta estradeira (mesmo que a imensa maioria dos proprietários jamais coloquem seus EcoSport fora do asfalto).

Lanternas e pára-choque também foram modificados


Na traseira, as mudanças foram ainda mais sutis, se restringindo a pequenos ressaltos no pára-choque e lanternas com elementos circulares, um pouco ao estilo da quarta geração do Gol.

Habitáculo
O interior também ganhou novas formas e materiais, de certa forma inspirados na mudança feita no Fiesta, o que se pode notar no mostrador analógico de temperatura do motor e nível de combustível. As entradas de ar são as mesmas do compacto, mas ganharam uma moldura exclusiva em plástico prateado. O acabamento melhorou. Não é nenhum primor, pois ainda usa plásticos duros, mas os materiais têm novas texturas e os encaixes são melhores, com menos rebarbas aparentes. Uma mudança bem-vinda é o novo acionamento dos vidros, que, por ser do tipo que empurra a alavanca para levantá-los, evita o acionamento acidental, mesmo considerando que o carro tenha sistema antiesmagamento.

O test drive incluiu trechos de asfalto e uma estrada de terra bastante acidentada. No pavimento, o EcoSport 1.6 flex (de 105 cv com gasolina e 111 cv com álcool) se comportou como esperado, mas o propulsor é um tanto áspero em rotações mais altas. Quando o asfalto acaba, o carro vence os trechos mais suaves sem problemas. As relações da 1ª e 2ª marchas foram encurtadas, mas em subidas, mesmo sem lama e com poeira solta, cabe ao motorista escolher a trilha certa e dosar a força e constância no pedal, para não deixar as rodas patinarem.

Quanto custa
Os preços e versões de equipamento continuam os mesmos, 1.6 XL, 1.6 XLS, 1.6 XLT, 2.0 XLT, 2.0 XLS automática, 2.0 XLT automática e 2.0 4WD. Apenas as versões 2.0 XLT e a 2.0 4WD tiveram à inclusão de computador de bordo e comandos para o rádio na coluna de direção.

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(*) Jornalista viajou a convite da Ford do Brasil.