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Discovery pousa depois de voo final com destino a museu

Ônibus Espacial aposentado foi levado 'nas costas' por Boeing 747 que recebeu preparação especial da NASA para transportá-lo. Conheça!

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

O ônibus espacial americano Discovery aterrissou sem problemas nesta terça-feira (17) no Aeropoerto Internacional Dulles (Virginia), perto de Washington, depois de seu último voo sobre um avião da Nasa para ser levado para um museu, seu destino final.

 

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"Aterrisse, Discovery!", ordenou a Nasa quando o ônibus, que realizou 39 missões no espaço e foi retirado formalmente de circulação no ano passado, tocou o solo e começou a percorrer a pista depois de um bem sucedido voo sobre um Boeing 747 vindo de Cabo Canaveral, na Flórida.

Uma multidão ovacionou e aplaudiu a chegada do ônibus que voou pela primeira vez em 1984, enquanto este sobrevoava em círculos a capital americana, antes de aterrissar no aeroporto local.

A nave sobrevoou pontos estratégicos de Washington, como o Capitólio e a Casa Branca. O Discovery foi carregada nas costas de um Boeing 747-100 da NASA, com preparação especial. Esse avião foi usado para transportar os ônibus espaciais de volta ao Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral. São duas unidades que serviram à NASA. O primeiro foi fabricado para realizar voos comerciais pela American Airlines e posteriormente foi repassado à NASA.

Com ônibus espacial Discovery acoplado, 747 da NASA sobrevoa o Capitólio



O avião foi extensivamente modificado pela Boeing em 1976. A cabine recebeu sustentação adicional por uma espécie de escoras. A fuselagem foi reforçada e foram colocados estabilizadores verticais na cauda para auxiliar a estabilidade quando o ônibus espacial estiver sendo transportado. Os motores do Boeing também foram atualizados.

Voando com o arrasto adicional somado ao peso do ônibus espacial e do combustível, o Boeing 747 da NASA teve sua autonomia reduzida de 10.100 km para apenas 1.850 km. Isso siginifica que em possível voo intercontinental, ele teria de fazer paradas para reabastecimento.

Estudos foram realizados para equipar o SCA com equipamento de reabastecimento aéreo, uma modificação já feita para a Força Aérea dos EUA E-4 (747-200 modificado). No entanto, durante um voo de testes para verificar a possibilidade de fazer essa modificação, foram observadas trincas que poderiam comprometer a segurança durante o reabastecimento no ar. A NASA abandonou a ideia, alegando que era uma necessidade urgente.

Em 1983, a aeronave foi usada em missões na Europa. Devido a limitada autonomia, eram necessárias quatro escalas para reabastecimento, que eram realizadas no Canadá, na Islândia, Inglaterra e Alemanha. Naquele ano, o 747 foi uma das atrações do Paris Air Show.

O outro Boeing 747 da NASA usado para transportar ônibus espaciais, também foi adiquirido de segunda mão da companhia Japan Airlines, em 1991. Ele recebeu as mesmas modificações que o primeiro jumbo.

Por causa das modificações estruturais para transportar ônibus espaciais, autonomia do 747 foi reduzida



Características gerais

Tripulação:
4: piloto, co-piloto, 2 engenheiros de voo (1 engenheiro de vôo, quando não realizar Shuttle)
Comprimento:
70,5 m
Envergadura:
59,7 m
Altura:
19,3 m
Área da asa:
510 m²
Peso vazio
: 144,200 kg
Max. peso de decolagem:
322,000 kg
motores:
4 × P & W JT9D-7J turbofans, 50.000 lbf (222 kN) cada

Velocidade de cruzeiro:
735 km/h
Alcance:
1.850 km
Teto de serviço:
15.000 pés (4.500 m)

 

Com agências