Para promover a produção nacional do Discovery Sport e do Range Rover Evoque nas versões equipadas com o motor 2.0 Si4 a gasolina, a Land Rover realiza uma jornada de 2.500 quilômetros por quatro regiões do Brasil, começando pelo desértico Jalapão, em Tocantins. Participam 50 profissionais de diversos segmentos, como antropólogos, engenheiros e jornalistas. Os personagens e histórias captados serão transformados em uma série na grade do canal fechado OFF, com o título Filhos deste solo. O VRUM dirigiu o Discovery Sport nacional na versão topo de linha HSE Luxury (R$ 272.596) entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, na segunda etapa da jornada, passando pelas serras de Ouro Branco e Ouro Preto, na Região Central de Minas.
Em relação ao modelo anteriormente importado da Inglaterra, o Discovery Sport não traz alterações, inclusive no preço, que foi mantido. Em breve na companhia do novo Discovery, revelado no Salão de Paris e confirmado para o Salão de São Paulo, o utilitário-esportivo premium apresenta design mais esportivo, sem abrir mão do conforto familiar. Parte do estilo descolado adotado pela Land Rover, bem diferente do jipão Defender produzido de 1998 a 2006 na fábrica da Karmann-Guia, em São Bernardo do Campo (SP). Entretanto, o motor 2.0 turbo de 240cv de potência e 34,69kgfm de torque consumiu ao longo da viagem mais do que a média anunciada pela tabela do Inmetro, presente no carro testado: 7km/l.
Apesar de contar com todo o auxílio tecnológico, o Discovery Sport não herdou os ângulos de ataque e saída do Defender. A presença de uma câmera frontal poderia amenizar a restrição. Mesmo com as limitações de ataque, o modelo roda com desenvoltura em piso irregular e dificilmente fica para trás, mas não é bom abusar nas trilhas, o que não é o forte dele. O sistema Terrain Response ajusta por meio de seletor no console as configurações de aceleração, torque e tração de acordo com o tipo de terreno em que se trafega: normal, grama/neve/cascalho, lama e sulcos, areia – além do modo Eco, que privilegia a economia de combustível. A lista de itens de série é extensa e inclui sete airbags, a útil parada/partida automática do motor, auxílio em subida e descida em rampas, controles de estabilidade e tração e teto solar panorâmico fixo.
ERGONOMIA Na frente, os bancos permitem boa ergonomia, com ajustes elétricos e lombar, e a direção é bem calibrada. A configuração sete lugares tem bom espaço para acomodar a família com conforto e diversão, mas os assentos individuais traseiros são suficientes apenas para crianças. Limitação existente por causa da baixa curvatura do teto traseiro e largura interna. Com a terceira fileira recolhida, o porta-malas comporta até 981 litros.
O motor 2.0 Si4 entrega bom desempenho tanto no asfalto quanto na terra, mas a pegada não é esportiva como o visual. Destaque para a transmissão ZF automática de nove velocidades, com opção de trocas sequenciais no volante e mudanças suaves, o ponto alto do conjunto mecânico.
Além da versão HSE, há a SE (R$ 217.696) e a intermediária HSE (R$ 240.396). As versões com o motor 2.2 SD4 diesel de 190cv e o mesmo nível de equipamentos (a partir de R$ 235.896 na SE) seguem vindo de fora. Para quem deseja um SUV médio confiável e luxuoso e não precisa economizar na compra, o agora brasileiro Discovery Sport a gasolina é uma opção a se levar em conta.
*Viajou a convite da Jaguar Land Rover