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Diferença no porta-malas de hatches e sedãs não se restringe ao volume

Nem sempre o volume do porta-malas corresponde à versatilidade de carga. Mesmo espaçosos, os sedãs podem não carregar algumas cargas

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Neste hatch, com a tampa toda aberta, pode-se colocar objeto maior que num sedã



Não tem coisa mais chata que comprar um carro e depois constatar que ele não atende a todas as necessidades. A abertura do porta-malas é um fator que pode acabar deixando o dono na mão justamente quando mais se precisa dele. Quer um exemplo? Você foi ao shopping e viu que aquela adega climatizada, sonho de consumo da sua mulher, está sendo vendida a um preço irresistível. Dia dos Namorados chegando e a ideia é ficar bem com ela oferecendo um belo presente.

“Vou levar agora”, diz você, afinal, nada mais frustrante que pagar e não levar. Como agora o seu carro é um sedã, nem passa pela sua cabeça a possibilidade de ela não caber ali. Mas, chegando ao estacionamento, você é surpreendido. Nem tirando da caixa ela entra ali. Além de pagar o frete, vai voltar para casa sem o mimo da sua mulher, pensando ainda que talvez seu antigo hatch daria conta do recado, além de ter aprendido da pior maneira essa importante lição.

SOBRE SEDÃS

De forma geral os sedãs são melhores para carregar bagagens, mais especificamente malas e afins. A dimensão da abertura (ou boca) do porta-malas é sempre inferior à de um hatch, que seleciona o tamanho do objeto que será carregado, e altura bem limitada. Felizmente, na maioria das vezes, o banco traseiro é rebatível, permitindo levar cargas mais longas, mas não muito volumosas. Outro inconveniente de alguns sedãs é o “pescoço de ganso”, que são as alças de fixação da tampa do porta-malas, que tiram espaço do compartimento de carga. Os melhores são do tipo pantográfico, sistema de abertura e sustentação com amortecedores, que não ocupam espaço.

Neste sedã, a abertura do porta-malas é batante limitada



SOBRE HATCHES

E por que o seu antigo hatch, com comprimento menor que o sedã, daria conta do recado? Para começar, a abertura da tampa é completa, e a altura do porta-malas é a mesma do teto do carro, já que o tampo do porta-malas (bagagito) quase sempre é removível. Junte esses dois fatores e você pode colocar ali itens bem mais volumosos. Mas, para isso se concretizar, o banco (ao menos o encosto!) precisa ser rebatível, já que o porta-malas de um dois volumes não é tão comprido quanto o de um sedã.

REBATENDO

As peruas e utilitários-esportivos também têm abertura semelhante à dos dois volumes. Alguns desses grandes trazem variadas combinações de rebatimento de banco, que aumentam significativamente as possibilidades de levar objetos. Tradicionalmente as minivans da Chrysler trazem essas múltiplas opções de rebatimento, extensivo inclusive ao banco do carona, o que proporciona carregar itens mais extensos. No caso do Freemont, não por acaso o Dodge Journey (leia-se Chrysler) da Fiat, do início do porta-malas até o painel de instrumentos é possível levar um objeto de até 2,75 metros de comprimento.

De um veículo praticamente sem porta-malas...


a um quase furgão, graças ao rebatimento dos bancos