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Coreano boa-pinta

Se carro vende pela beleza, o Chevrolet Sonic vai arrebentar no mercado nacional pelo bom gosto e harmonia das linhas, mas o espaço interno é reduzido no banco traseiro

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Foto:


O design é um dos destaques do Sonic hatch e suas linhas transmitem esportividade, modernidade e sensação de movimento. Na frente, o que mais chama a atenção são os faróis, de duplo refletor e com molduras na cor preta, que se apresentam como “olhos esbugalhados”. A grade bipartida e em forma de colmeia, com a barra ostentando a gravatinha dourada, remete à nova identidade visual da marca, já presente em todos os recentes lançamentos. Também sobressaem os vincos laterais bem realçados do capô; e os faróis de neblina, que também estão em uma moldura na cor preta e completam o charme do conjunto estilístico dianteiro.

RISCO LATERAL...
A linha de cintura alta e ascendente, os dois vincos bem marcados na parte de baixo das portas (que de longe parecem riscos), a maçaneta da porta traseira embutida na coluna C, o detalhe cromado na base da moldura dos vidros e o desenho esportivo das rodas de liga (com raios bem vazados) são os destaques do Sonic de perfil. A traseira é típica do estilo coreano de design, com linhas bem arredondadas e lanternas de formato circular (com corte reto interno), também embutidas em uma moldura na cor preta. Chama a atenção o defletor de ar no teto, que completa o toque esportivo. Sensores no para-choque ajudam o motorista em manobras, pois a visibilidade traseira é ruim.

POR DENTRO...
O acabamento interno mistura as cores preta e cinza-escura (no painel central, painéis de porta e parte do volante) e detalhes imitando cromado nos aros dos comandos do som e da ventilação, no pomo da alavanca de marchas e nas maçanetas internas das portas. Mas o que salta aos olhos é o painel de instrumentos, que é quase todo digital (exceto pelo conta-giros, destacado do lado esquerdo) e foi inspirado nos mostradores das motos, com fileiras de luzes de alerta em cima e embaixo da tela central (de LCD) de iluminação azul, onde fica o velocímetro, as informações do computador de bordo e o mostrador do nível de combustível, que parece “fechar” o círculo iniciado pelo conta-giros. Mas falta o mostrador de temperatura do motor, um item importante num país de clima tropical como o nosso. O volante, que é o mesmo do Cruze, tem boa pega e abriga os comandos do som. A buzina é difícil de ser acionada. As saídas de ar parecidas com turbina de avião também se destacam.


ESPAÇO...
O espaço interno proporciona mais conforto para quem viaja na frente. Atrás, o espaço para as pernas fica um pouco escasso para pessoas acima de 1,80m. O porta-malas também não é referência, mas tem capacidade compatível com a proposta de um hatch compacto (podendo ser ampliada com o rebatimento do banco traseiro em 1/3 e 2/3), bom acesso, ganchos para a fixação de cargas e rede para pequenos objetos. São muitos os porta-objetos do Sonic, incluindo porta-óculos, porta-garrafas e bandeja sob o banco do passageiro da frente. Com as regulagens de altura do banco e da coluna de direção, fica fácil encontrar uma boa posição de dirigir. Os bancos prendem bem o corpo e são revestidos de tecido de toque agradável e compatível com o nosso clima.

RODANDO...

O motor 1.6 16V tem fôlego e garante bom desempenho (sem ser brilhante) em qualquer situação. Mas nas retomadas de velocidade o motorista deve ficar esperto e não deixar que os giros caiam abaixo das 2.500rpm para evitar a perda significativa de força. Para isso, ele conta com um câmbio bem acertado – embora exista um pequeno buraco (queda de rotação) entre a primeira e a segunda marcha –, que tem engates macios e precisos. O consumo é apenas razoável para um hatch desse porte. Com gasolina, três pessoas e ar ligado, o computador de bordo registrou 12,7km/l em estrada de pista dupla e pouco movimento. A suspensão garante uma estabilidade digna de esportivo, mas deixa a desejar quando o carro roda sobre piso irregular.

FICHA TÉCNICA...

Motor -
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.598cm³ de cilindrada, que desenvolve potências máximas de 116cv (gasolina) e de 120cv (etanol) a 6.000rpm e torques máximos de 15,8kgfm (gasolina) e de 16,3kgfm (etanol) a 4.000rpm

Transmissão - Tração dianteira, com câmbio manual de cinco marchas

Direção - Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica

Freios -
A disco na dianteira e a tambor na traseira, com sistema ABS (de série)

Suspensões/ rodas / pneus - Dianteira, independente, do tipo McPherson, com barra de torção; e traseira, eixo de torção e barra estabilizadora / 6 x 16 polegadas, em liga leve / 205/55 R16

Capacidades - Do tanque, 46 litros; e de carga (bagagens e passageiros), 429 quilos


EQUIPAMENTOS DE SÉRIE...

Conforto/conveniência
– Ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, comando elétrico para vidros, retrovisores e travas, desembaçador do vidro traseiro, sensor de estacionamento, descansa-braço central, controles para o rádio no volante e rede para pequenos objetos no porta-malas.

Aparência – Rodas em liga leve de 16 polegadas, apliques cromados nas maçanetas internas e friso lateral cromado.

Segurança – Airbag duplo frontal, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e faróis de neblina.

OPCIONAIS

Câmbio automático de seis velocidades, controle automático de velocidade e revestimento em couro dos bancos.

QUANTO CUSTA

O Chevrolet Sonic hatch na versão LT tem preço básico sugerido de R$ 46.200. A opção LTZ (topo de linha), com câmbio manual, custa R$ 48.700; e completa, com transmissão automática, custa R$ 53.600.


NOTAS (0 a 10)
Desempenho    8
Espaço interno    7    
Suspensão/direção    7
Conforto/ergonomia    9
Itens de série/opcionais    8    
Segurança    7
Estilo    9
Consumo    7
Tecnologia    8
Acabamento    8
Custo-benefício    7