Entre as marcas do grupo Chrysler - Jeep, Chrysler e Dodge -, a última se encarrega de estampar os chifres de cabrito do seu emblema nos esportivos. No 101° North American Auto Show (Naias), o Salão de Detroit, que termina domingo, o grupo apresentou três conceitos e como não poderia deixar de ser, coube à Dodge a chancela do esportivo, chamado de ZEO. O conceito é um esportivo 2 2 (dois lugares na frente e dois assentos de uso eventual atrás), com grandes rodas de aro 23", que emprestam aspecto de cupê. Os pára-lamas proeminentes também deixam o carro "musculoso" e a ausência de colunas centrais permite que as portas se abram no estilo tesoura e facilitem o acesso.
A aparência invocada, entretanto, desfaz a fama de manso dos carros elétricos. O Zeo é equipado com sistema de propulsão que opera com conjunto de baterias de 64 kWh de lítio-íon. Para tracionar as rodas traseiras, o Zeo tem um motor elétrico de 268 cv e a aceleração até 100 km/h é feita em menos de seis segundos. Os propulsores dão autonomia de até 402 quilômetros.
Além de não poluir, as linhas do conceito são o destaque. A coluna C fica em cima do arco da roda e dá o acabamento para a linha de cintura alongada e sem vincos. O pequeno vidro traseiro se harmoniza com as lanternas, que ficam sobre os imensos pára-lamas. Na dianteira, o pára-brisa segue até a coluna C, formando uma imensa área envidraçada. Os faróis fazem conjunto com a grade e com suavidade equilibram os excessos do design.
O interior é revestido, quase todo, pela cor superbranco, iluminado nas laterais por uma estreita linha de LEDs azuis nas portas. Um console central se estende do painel dianteiro até o painel para os passageiros dos dois assentos traseiros e concentra a maior parte dos comandos. Isso torna o desenho mais limpo, com menos comandos espalhados pelo habitáculo. Efeito ampliado pelo fato de o volante, a coluna e os instrumentos serem tratados como um único elemento.