O segmentos dos sedãs compactos premium está cada dia mais forte, tendo ganhado somente em 2018 representantes como o Volkswagen Virtus e o Fiat Cronos. Para engrossar esse caldo, até o fim do ano a Toyota ainda lançará o Yaris de três volumes. Esses modelos reúnem boas características, como bom espaço interno, acabamento um pouco melhor, além de interessante oferta de equipamentos. Mas os preços cobrados pelos fabricantes não são nenhuma barbada, superando os R$ 80 mil, quando a intenção é ter um veículo realmente bem equipado. Só que esta faixa de preço resvala no segmento dos sedãs médios de entrada, que já trazem uma boa dose de itens de conforto, além de mais espaço interno, performance e status. A escolha, claro, depende do peso que cada comprador dá a esses atributos. Para clarear as ideias, promovemos três embates entre sedãs compactos e médios.
Virtus x Corolla
O primeiro confronto é entre os líderes de cada segmento em 2018: Volkswagen Virtus x Toyota Corolla. O Virtus 200 TSI Highline custa R$ 79.900 e traz de série itens interessantes como chave presencial, quatro airbags, ar-condicionado digital, controles de tração e estabilidade, bloqueio do diferencial e rodas de 16 polegadas. Mas para ficar completão mesmo, fazendo frente aos médios, é preciso colocar opcionais como bancos revestidos em couro, rodas de17 polegadas, multimídia com navegação e painel de instrumentos digital, opcionais que elevam o preço para R$ 85.290.
Já a versão de entrada do Toyota Corolla 1.8 CVT GLI custa R$ 89.990, trazendo como destaque sete airbags, sistema de som (com rádio, CD Player e Bluetooth), bancos revestidos em couro, rodas de 16 polegadas e controles de tração e estabilidade. Quanto ao desempenho, o motor 1.0 turbo do Virtus (com até 128cv de potência e 20,4kgfm de torque), aliado ao esperto câmbio automático de seis marchas, tem pegada dinâmica, enquanto o propulsor 1.8 (com até 144cv e 18,6kgfm) do Corolla, temperado pelo câmbio CVT, tem um ritmo bastante diferente.
O interior também é diferente. Ainda que o Corolla tenha 5cm a mais de entre-eixos, o espaço interno e porta-malas de ambos são bons. Mas o aspecto do Virtus equipado com painel de instrumentos digital e sistema multimídia com tela de oito polegadas fica bem mais atual que o do Corolla de entrada, que não traz nem telinha. Quanto aos equipamentos, o Corolla se destaca pelos sete airbags, enquanto o Virtus traz ar-condicionado digital e um sistema multimídia de respeito. Mas é preciso deixar claro que o sedã compacto da Volkswagen custa R$ 5 mil a menos que o modelo japonês, que ainda tem a seu favor o status, confiabilidade e liquidez na hora revender.
Cronos x Sentra
A segunda disputa é entre o Fiat Cronos 1.8 AT6 Precision, que, bastante equipado, chega a custar R$ 82.030, valor bem parecido com o do Nissan Sentra 2.0 CVT S, versão de entrada, que custa R$ 82.900. A versão de topo do Cronos (vendida por R$ 69.990) traz de série multimídia sem navegação, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e rodas de 16 polegadas. Para tentar impressionar, acrescentamos pintura metálica, airbags laterais, câmera de ré, bancos revestidos em couro, rodas de 17 polegadas, chave presencial, ar-condicionado digital, quadro instrumentos com tela de sete polegadas, que juntos alcançam o valor citado.
Já o Sentra de entrada traz controles de tração e estabilidade, chave presencial, bancos revestidos em tecido, rodas de 16 polegadas e sistema de som (com rádio, CD e Bluetooth), um pacote de equipamentos bem mais enxuto. Porém, no caso desse confronto, há que se lembrar que o Cronos tem entre-eixos de 2,52m, enquanto o Sentra tem 2,70m, com mais espaço para os ocupantes. Já o Cronos tem mais porta-malas, 525 litros, contra 503 litros do Sentra. Por outro lado, com bancos revestidos em couro e a tela do sistema multimídia, o interior do Cronos é mais vistoso. Quanto ao desempenho, ambos os modelos não são referência, com ganho de velocidade bastante gradual. Mesmo com o câmbio CVT, o modelo da Nissan não tem consumo de combustível melhor que o do sedã da Fiat.
City x Corolla
O terceiro confronto é doméstico: Honda City versus Honda Civic. A versão de topo EXL do sedã compacto custa caro, R$ 83.400, mas tem itens de série interessantes, como rodas de 16 polegadas, conjunto óptico com LEDs, bancos revestidos em couro, ar-condicionado digital, sistema multimídia com tela de sete polegadas sem navegação e seis airbags. Inexplicavelmente, o modelo não oferece controles de tração e estabilidade.
Já o Civic 2.0 Sport tem preço sugerido de R$ 89.400, mas traz câmbio manual, característica que não combina com o perfil de comprador que estamos tratando, que prioriza o conforto. Porém, mesmo nessa versão de entrada, o Civic tem conteúdos desejáveis, como suspensão traseira multilink, rodas de 17 polegadas, controles de tração e estabilidade, seis airbags, freio estacionamento eletrônico com função brake hold, ar-condicionado digital e multimídia com tela de sete polegadas sem navegação. Os bancos são revestidos em tecido.
No quesito design, o City já nasceu insosso, enquanto o Civic de décima geração é uma verdadeira “nave”, no melhor sentido da palavra. Enfim, por mais que o City seja bem equipado (apesar do deslize imperdoável da falta dos controles de tração e estabilidade), o Civic é muito superior em todos os aspectos. O único “porém” é o fato do Civic mais básico ter câmbio manual, já que a versão Sport 2.0 CVT custa R$ 96.400 fica muito longe (e mesmo assim vale a diferença!).