Um belo dia, dá a louca no dono do carro, que, em vez de cuidar do motor do possante, resolve que dali para a frente vai fazer tudo para mandá-lo para o espaço, tudo para detoná-lo. Para ajudá-lo nessa insana tarefa, listamos 10 dicas infalíveis.
QUE LUBRIFICANTE QUE NADA! Se o óleo é fundamental para reduzir o desgaste entre as partes móveis do motor e para manter a sua temperatura sob controle, então o bom mesmo é deixá-lo ficar velho, para que seus aditivos percam as suas propriedades para fazer uma correta lubrificação, vire “borra” e faça com que o motor acabe “fundindo”, ou seja, colando uma peça na outra. É uma das formas mais eficazes de detonar o propulsor.
PARA QUe FILTRO? Se na troca de óleo o filtro vai armazenar uma boa quantidade (até meio litro) de lubrificante velho, já vencido, sem capacidade de lubrificação e que pode contaminar o novo produto, por que substituí-lo? Deixe esse veneno lá dentro, pois ele pode ajudar muito na missão de fazer um estrago.
ÓLEO ERRADO Você acha que vou perder meu tempo consultando o manual para saber qual tipo de lubrificante é recomendado para o motor do meu carro? Por que desperdiçar alguns minutos nessa procura se o óleo mais grosso está mais barato e vai fazer um estrago bem legal no propulsor (por exemplo, usar um 20W50 quando o manual especifica um 5W40)? Esse “remedinho” errado é bem eficiente.
RODAR POUCO Essa pode parecer uma medida pouco eficiente na tarefa de mandar o motor para o espaço, mas experimente rodar apenas curtas distâncias (do trabalho para casa, ir à padaria mais próxima, dar somente uma volta no quarteirão etc.) e não seguir a recomendação do manual para reduzir o período de troca do óleo, reconhecendo esse procedimento como uso em “condições severas”. É batata!
MIRA BOA Arranje uma mangueira com pressão forte para lavar o motor e mire exatamente nos equipamentos elétricos e, principalmente, na central eletrônica (este dispositivo, na versão mais simples não custa menos que R$ 2 mil em ferros-velhos). Dessa forma, com a queima de algum destes componentes, certamente o motor ficará fora de combate.
NO VERMELHO Aproveite o verão para se esquecer completamente do sistema de refrigeração do motor. Finja que ele não precisa de água e muito menos de aditivo à base de etilenoglicol (que aumenta o ponto de ebulição da água). Deixe o ponteiro de temperatura do motor chegar à faixa vermelha e rode bastante com o carro nessa condição. Assim, você poderá ter a certeza de que o motor “vai para o saco”.
AQUELA DENTADA Se o motor do possante usa correia dentada para sincronizar o movimento do eixo virabrequim com o do comando de válvulas, uma boa maneira de provocar um bom estrago é esquecer a hora da troca, pois quando ela arrebentar vai sair empenando válvulas e destruindo outros componentes internos. Também vai ser uma boa dentada no bolso do dono do carro.
BATISMO DE FOGO Procure abastecer sempre naquele posto mais suspeito possível, aquele que não tem nenhuma bandeira e que vende gasolina pelo preço mais baixo da praça. Faça isso durante no mínimo quatro meses, pois durante esse tempo o solvente vai atacar as peças de borracha, degradando mangueiras e filtros por onde passa. Existe até risco de vazamento e incêndio. É uma boa forma de colocar fogo no motor e, quem sabe, no carro todo.
QUEBRANDO TUDO Quando avistar um quebra-molas, acelere e passe com tudo sobre ele. Quem sabe assim você consegue acertar o cárter e provocar o vazamento de quase todo o óleo lubrificante do motor? Sem a parte de baixo, o propulsor vai rapidinho para o espaço.
SEM FAÍSCA Mesmo que o motor do seu carro esteja com alta quilometragem e nunca tenha feito nenhum tipo de revisão no sistema de ignição, finja que ele não existe. O mau funcionamento das velas vai fazer um “servicinho bom” no propulsor, que inclui carbonização, superaquecimento, detonação ou batida de pino e até um furo no pistão.