Sempre associada à sofisticação e à criatividade técnica, a Citroën agora luta para conquistar uma imagem de solidez. Para tal, a marca investe sobre um estilo menos curvilíneo e mais germânico, uma linguagem de desenho presente nas linhas do novo C4, que será produzido em Mulhouse na França e lançado no próximo Salão de Paris, em setembro. Revelado apenas na versão hatch de cinco portas, o C4 se assemelha ao médio-grande C5 no capô longo e elevado e nos faróis espichados. O perfil deixou de ostentar o teto em arco, mas foi enriquecido por vincos na linha de cintura, o que deu mais volume e movimento ao conjunto. A coluna traseira tem queda menos pronunciada. E as lanternas passam a ser horizontalizadas como no novo compacto C3. No geral, o estilo se afasta do modelo original, lançado em 2004, mas não rompe com os atuais padrões do fabricante.
De acordo com a marca, essa imagem mais forte combina com o estilo premium almejado pela Citroën, que já criou a divisão de luxo DS neste intento. Mas esse enrobustecimento não implicou em um aumento generoso de medidas. São 4,33 metros de comprimento, 1,79 m de largura e 1,49 m de altura, respectivamente, 5 cm mais longo, 2 cm mais largo e 3 cm mais alto do que o anterior. E a mala passou a comportar generosos 408 litros, um valor superior ao de muitos sedãs médios e bem acima da concorrência.
Sofisticação técnica
Dentro da proposta de personalização, o painel pode ser ajustado pelo motorista, que conta com variadas opções de cores para os mostradores, além de alertas sonoros personalizados. O ajuste individual ainda marca as preferências do ar-condicionado e do sistema de som. As opções mais caras da gama adicionam até massageadores elétricos nos bancos da frente, item usualmente disponível apenas em sedãs de alto luxo. Mas o estilo vanguadista gravado no volante de cubo central fixo ficou no passado.
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O C4 conta ainda com caixa automática, assistente de partida em subidas, freio de estacionamento elétrico (como no C4 Picasso), sistema de alerta para mudança de faixas e faróis de xenônio direcionais. Além de inéditos sistema de alerta de ponto cego (já presente em modelos da Volvo e Ford, entre outros), luz com ajuste para curvas e controle de cruzeiro ativo. Um ponto de destaque é o serviço eTouch, que permite ao motorista monitorar o seu padrão de direção e médias de consumo, além de indicar dicas para se obter menores consumos. O sistema indica também as condições do veículo e aponta revisões ou problemas.
Base mecânica
A Citroën ainda não liberou maiores informações sobre a base mecânica do novo C4. Mas adianta que o carro vai contar com motor a diesel e-HDi com sistema micro-hybrid, um start-stop mais sofisticado que permite atingir apenas 109 g/km de CO2, um índice que vai cair para apenas 99g/km em futuros modelos. As credenciais ecológicas são complementadas pelo uso de pneus verdes da Michelin e pelo uso de materiais reciclados em 15% da construção, agora feita em parte com soldas a laser para manter o peso lá embaixo.