Ainda que tenha uma imagem de sofisticação técnica, a Citroën não é considerada uma marca de luxo na Europa. Para investir contra segmentos superiores do mercado, a marca criou a divisão DS que toma emprestada a sigla de um dos seus produtos mais célebres, o imortal DS, lançado no Salão de Paris de 1955. E é justamente neste palco doméstico que o fabricante vai lançar o segundo produto da linha, o médio DS4, que fará companhia ao compacto DS3. A exemplo do companheiro mirim, o DS4 também é inspirado na segunda geração do hatch C4. Mas as linhas se afastam do estilo germanizado do novo C4 e seguem uma tendência menos sóbria, inspirada quase que ponto a ponto no conceito DS High Rider, apresentado no Salão de Genebra, em março.
Inspiração Do conceito ficou o ar de hatch duas portas, com as maçanetas embutidas nas colunas “C” e linha de cintura ascendente, que se une visualmente ao teto em arco. A dianteira ostenta faróis de neblina adaptativos (capazes de variar o ângulo de iluminação em até 75°), contornados por LEDs como se fossem luzes diurnas. Os para-lamas abaulados abrigam rodas com até 19 polegadas. A traseira truncada dá um tom mais esportivo, graças às lanternas em forma de bumerangue, ao pequeno vidro traseiro encimado por um spoiler e ao para-choque integrado. Isso o distancia do C4, uma necessidade elitista.
A Citroën define o DS4 como um 2 2. São 4,27 metros de comprimento, 1,81m de largura e 1,53m de altura, e porta-malas de 370 litros. Quando chegar ao mercado em 2011, o DS4 será equipado com cinco opções de motorização. São dois turbodiesel 1.6 e 2.0, com potências de 110cv e 160cv. E três motores a gasolina, todos 1.6 16V, sendo um aspirado de 120cv e dois turbocompridos com 155cv e 200cv. Todos podem vir com câmbio manual ou automatizado, ambos de seis marchas.
Atmosfera de luxo O interior também copia as linhas do conceito DS High Rider. O painel alto envolve os ocupantes e exala requinte em superfícies revestidas em couro. O mesmo material recobre os bancos em tiras com costuras pespontadas, que lembram uma poltrona aristocrática, com opção bicolor. Há itens como ar-condicionado digital “dual zone”, som de alta definição e opção de bancos elétricos dianteiros com função de massagem. Além de um para-brisa panorâmico que se estende até a cabeça de motorista e passageiro.
Para dar ao motorista a experiência de um carro talhado por um alfaiate, é possível personalizar funções. O som ambiente pode ser escolhido entre quatro temas: clássico, sinfonia cristalina, fantasia da selva e ritmo urbano, que tocam em tom polifônico para alertas e lembretes sonoros. Há três opções de fluxo de ar (suave, médio e intenso) e os instrumentos do painel têm iluminação, que varia do azul ao branco.