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Citroën C5 - Raciocínio lento

Com câmbio automático de quatro velocidades e peso elevado, perua Citroën C5 Tourer tem desempenho apenas razoável, pois falta ânimo nas arrancadas e nas retomadas de velocidade

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Eixos instalados juntos às extremidades diminuem oscilações e melhoram conforto

Fizemos um test-drive com a versão que será importada: a que tem motor 2.0, de quatro cilindros e 143 cv de potência, e câmbio automático de quatro velocidades. A Tourer tem boa posição de dirigir, comandos bem-posicionados, volante multifunção e boa visibilidade. Embora a perua ultrapasse os 200 km/h, sente-se a falta de um pouco mais de ânimo nas acelerações e retomadas, devido ao peso elevado do carro (1.510 quilos) e ao câmbio com apenas quatro marchas, principalmente com o carro carregado. Um câmbio automático com cinco marchas resolveria uma boa parte do problema.

O espaço interno e o conforto nos ótimos bancos são destaques. Devido à boa relação entre comprimento (4,80 m) e distância entre-eixos (2,82 m), cinco pessoas se acomodam bem na Tourer, principalmente os que sentam no banco traseiro. E as rodas, colocadas bem próximas das extremidades, diminuem sensivelmente as oscilações longitudinais, melhorando o conforto.

Suspensão Para arrematar, os modelos que serão importados virão equipados com a suspensão ativa, chamada de Hidractiva III . Por meio de um sistema eletrônico, ligado a vários sensores, inclusive na direção, por meio de câmaras esféricas reguláveis, ela "lê" o piso e sente a maneira de o motorista dirigir, além de manter a altura constante. Dessa forma, em uma estrada cheia de curvas fechadas ou com piso ruim, por exemplo, o sistema automaticamente muda a suspensão para uma condição mais firme, privilegiando o desempenho, estabilidade e segurança. Se, mesmo em alta velocidade, tudo estiver nos conformes, a Hidractiva III deixa a suspensão macia, privilegiando o conforto. Caso o motorista queira, pode "travar" a suspensão no modo esportivo, e desfrutar da estabilidade exemplar do C5 durante todo o tempo.

Teto arqueado e grandes lanternas são destaques no sedã


O silêncio ao rodar também é outro destaque. Claro que as bem-tratadas ruas de Lisboa e as ótimas auto-estradas portuguesas colaboraram para isso, embora o carro estivesse equipado com rodas de aro de 18 polegadas e pneus de perfil baixo (245/45 R18). Mas a ausência de ruídos aerodinâmicos em alta velocidade também marca importantes pontos nesse quesito.

Enfim, com uma boa relação custo/benefício, além das boas qualidades do projeto, o novo C5 tem tudo para agradar. Faltam, porém, alguns "mimos", como bancos dianteiros elétricos ou espelho retrovisor do lado direito, que se rebate automaticamente ao engatar a ré, para facilitar as manobras de estacionamento. Detalhes que fazem a diferença em carros dessa categoria.

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O jornalista viajou a convite da Citroën do Brasil