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Citroën C4 Lounge chegará ao Brasil em três versões

Sucessor do Pallas terá duas opções de motorização e câmbio automático de seis marchas ou manual de cinco velocidades

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Foto:

Linhas agradáveis, vincos marcantes na lateral e para-choque mais alto evita raspar fácil em rampas



Na maioria das vezes que uma montadora lança um modelo parece que o antecessor não era lá grande coisa. Não foi o caso da Citroën com o Pallas na apresentação do C4 Lounge. Dirigentes da montadora não espinafraram o Pallas, apenas reconheceram o que precisava evoluir e realizaram as intervenções necessárias no sucessor. O sistema de suspensão, no qual a marca francesa é especialista, carecia de melhor acerto, principalmente na rumorosidade em piso ruim. O C4 Lounge não é perfeito, mas evoluiu muito e um batente de borracha deixa motorista e ocupantes com ouvido aliviado. Mesmo assim, ouve-se a pancada seca que não é transferida para dentro.

O C4 Lounge é o sedã da nova geração do C4 hatch na Europa, que não é vendida no Brasil. O C4 Lounge é mais espaçoso do que o Pallas, tem linhas bonitas e agradáveis e privilegia o conforto no banco traseiro, cujo encosto é inclinado a 29 graus. Com 2,71 metros de distância entre-eixos, o espaço para pernas no banco traseiro é bom. O dispositivo de abertura do porta-malas vai pegar os incautos que não leem o manual, pois vão demorar a descobrir a localização. Fica na parte inferior da coluna A (dianteira) e encoberto pelo painel da porta. O acionamento somente pode ser feito com a porta do motorista aberta. Isso evita que acidentalmente o capô possa ser aberto com o veículo em movimento.

A traseira é marcante com lanternas horizontais e o porta-malas tem capacidade para 450 litros



EVOLUÇÃO O acabamento evoluiu com uso de plástico emborrachado no painel central. Outro dilema resolvido neste modelo é o para-choque mais alto em relação ao solo, evitando esbarrar até mesmo em rampas suaves, como acontece ainda com alguns modelos da marca. No test drive em Mendoza, incluindo trechos de terra, foi possível perceber a evolução carro em relação ao antecessor. O C4 Lounge concorre no segmento dos sedãs médios, que tem Civic, Corolla, Focus (nova geração chega em setembro), 408, Jetta, Cruze, Fluence, entre outros. Não terá tarefa fácil, mas dará muito trabalho aos concorrentes com duas opções de motores: o 2.0 de 151cv (etanol) e o 1.6 turbo que equipa do DS3. O câmbio automático de seis marchas disponível na maioria das versões deverá ser o mais requisitado e não vai equipar apenas a versão de entrada.

As vendas começarão em 22 de setembro, mas aceitam-se reservas ou pré-venda, como prefere o marketing, a partir de 26 próximo. A maioria das vendas será da versão turbo automática. Estimam-se vender 1.500 unidades por mês. Entre os muitos itens de série da versão testada, a THP, está o sensor de ponto cego no retrovisor, que detecta a presença de carro na esquerda ou na direita. Aliás, o que não evoluiu é o ângulo de abertura dos retrovisor, bastante limitada. Por isso, justifica-se a presença do sensor, que infelizmente está disponível apenas na versão topo de linha. Os pneus da versão testada são de perfil baixo, aro 17, pouco compatíveis com o piso ruim na maioria das ruas e estradas do país. Isso não é característica da Citroën, mas de todos os outros fabricantes. Quando se questiona isso, as respostas dos fabricantes são as mesmas: o brasileiro prefere o visual ao conforto.

*O jornalista viajou a convite da Citroën

Quanto custa


Origine 2.0 (somente câmbio manual) – R$ 59.990
Tendance 2.0 – R$ 62.490 (manual) e R$ 66.990 (automático)
Exclusive (somente câmbio automático) – 2.0 (R$ 72.490) e 1.6 THP (R$ 77.990)

Ficha técnica

Motores – 2.0 flex de 151 cv (etanol) e torque de 21,7kgfm e 1.6 THP de 165cv e torque de 24,5kgfm
Transmissão – manual de cinco marchas e automático de seis marchas
Dimensões (metros) – comprimento, 4,62; largura, 1,78; altura, 1,50 e distância entre-eixos, 2,71

Material emborrachado no painel central e instrumentos redondos