Muito do que se vê no Chevrolet Cobalt apresentado como conceito no Salão de Buenos Aires não irá para o modelo de produção. Mas as linhas gerais do conceito revelam boa parte do visual do carro, afirma uma fonte ligada à marca. “Os vincos laterais em forma de arco são defintivos”, diz. Os formatos de carroceria, faróis e lanternas também são do modelo final. O Cobalt será produzido na fábrica de São Caetano do Sul (SP) e tem previsão de lançamento para outubro, com preço inicial em torno dos R$ 38 mil.
O modelo foi desenvolvido no Brasil pela equipe liderada por Carlos Barba, diretor de design da General Motors América do Sul. Diferentemente do hatch Agile, que usa a plataforma da primeira geração do Corsa brasileiro, o Cobalt foi criado a partir da plataforma do Opel Corsa D, ou seja, duas gerações à frente do Agile. O sedã é fruto do Projeto GSV, que ainda dará origem a uma minivan de cinco e sete lugares, que por enquanto é chamada de PM7.
Na dianteira, o Cobalt segue linhas do DNA global da marca, com a enorme grade cortada ao meio por uma barra. Os faróis do conceito usam lâmpadas de LEDs, que não estarão presentes na versão comercial. Apesar de o conjunto frontal remeter ao Agile, o Cobalt agrada mais aos olhos que o irmão. O sedã conta com uma linha de cintura alta e para-lamas ressaltados. Apesar de não ter sido revelada a distância entre-eixos do sedã, pode-se esperar a mesma tática usada pela Renault no Logan: um carro compacto com tamanho de médio. Entretanto, o sedã da Chevrolet terá mais requinte no visual e acabamento interno.
O Cobalt aparenta ter uma traseira curta, como pode-se observar nas imagens. Porém, o modelo terá um porta-malas com volume na casa dos 500 litros. As lanternas do conceito são translúcidas e mesclam iluminação com lâmpadas normais e de LEDs, que também não estarão na versão de produção. Já o formato da lanterna é idêntico ao da versão final, que contará com a mesma distribuição de luzes do Astra nacional.
INTERIOR
O interior do conceito Cobalt tem acabamento em dois tons de cinza quente: um mais escuro, batizado de urban, e o very light platinum, mais claro, que amplia sensação de espaço interno. O painel ainda tem algumas partes que contam com um fino revestimento, que simula madeira e também é usado no volante. Esses materiais dificilmente serão usados na versão final. Mas, o desenho do painel com o cockpit duplo será mantido, assim como o desenho do painel, sendo alguns comandos e botões semelhantes ao do Agile, que serão mantidos na versão final. A tela de navegação integrada ao painel e as duas telas de sete polegadas para os assentos traseiros instaladas nos apoios de cabeça dos bancos dianteiros também são firulas do conceito e não devem equipar a versão brasileira do modelo.
Outro recurso estético que faz parte somente do conceito é o teto de vidro, que permite a entrada de luz natural e ainda conta com uma iluminação feita por duas fileiras de LEDs azuis.
MOTORIZAÇÃO
O sedã usará motores de quatro cilindros, de 1.3 a 1.8, com opções de câmbio manual e automático, movidos a etanol (flexfuel), gasolina ou diesel. A versão nacional usará o 1.4 EconoFlex, já usado no Prisma, Corsa, Agile e Montana.
MERCADO
O Cobalt será comercializado nos países da América do Sul , África, Oriente Médio e Europa. No Brasil, o sedã faz parte da ofensiva da marca em renovar sua defasada linha e com isso tentar recuperar um pouco do prestígio que teve no passado.
KIT AERODINÂMICO
O centro de design da GM América do Sul desenvolveu também um kit aerodinâmico para o Cobalt, que deixa o sedã com ares discretamente esportivos e que em conjunto com as rodas de liga leve aro 17 polegadas, com pneus 255/45 R17, melhoraram a aerodinâmica do sedã. Completando o visual do conceito, escapamentos duplos cromados. Apesar de o kit ter sido desenvolvido para equipar o conceito, a versão final deverá ter como opcional um kit adequado para agradar aos consumidores que adoram personalizar seus modelos. Afinal, não precisa ser, basta parecer.