A Chevrolet anunciou a chegada de uma nova picape para sua gama no Brasil, mas não antes de 2022. A expectativa é que o veículo tenha porte intermediário, como a Fiat Toro e a Renault Oroch, como indicou Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul: "O modelo chegará para complementar a linha de picapes Chevrolet, além disso, vai estrear um conceito completamente inovador para a marca no segmento de veículos utilitários".
A picape é derivada da plataforma GEM, que serve como base à família Onix e ao SUV Tracker. Por ser modular, o modelo terá entre-eixos bem maior que os 2,57 metros do Tracker, algo próximo dos 3 metros. Os conjuntos mecânicos serão os mesmos do SUV compacto: motor 1.0 turbo de até 116cv de potência e 16,8kgfm de torque; e um 1.2 turbo, com até 133cv e 21,4kgfm, para a versão mais cara.
Quanto ao visual, a aposta é que a picape inédita tenha uma dianteira semelhante à nova Trailblazer (diferente do SUV vendido no Brasil), mesclando um porte robusto com linhas esportivas. Como na Toro, o destaque é o conjunto óptico dividido, com os faróis integrados ao para-choque e luzes de rodagem diurna na parte de cima, alinhadas à grade.
A tendência é que a nova picape de porte intermediário substitua a Montana, que já exauriu sua vida útil e patina no mercado. Ao mesmo tempo, um segundo investimento em uma picape compacta não fecha a conta, já que o segmento foi tomado pela nova Fiat Strada. Fica a dúvida se a denominação Montana será usada para esta picape inédita, já que o modelo nunca figurou entre os preferidos do consumidor.
A nova picape será fabricada na planta de São Caetano do Sul e faz parte do atual plano de investimentos de R$ 10 bilhões para a renovação do portfólio e o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil. Como se trata de um projeto global, o modelo será exportado para o mercado latino a partir do Brasil.
Para receber a nova picape, a linha de montagem será preparada em várias etapas, para minimizar os impactos na produtividade da fábrica. O início da primeira fase está previsto para as próximas semanas. "Adicionar um produto totalmente novo numa linha de montagem ativa é sempre uma jornada complexa, principalmente diante dos desafios tecnológicos que o projeto impõe. Até por isso a preparação da fábrica será executada em diversos estágios, que levarão meses cada um deles", calcula Luiz Carlos Peres, vice-presidente de Manufatura da GM América do Sul.