A Carlsson é daquelas preparadoras que modificam tanto um modelo original que ele se torna praticamente outro, como atesta a classificação de fabricante dada pelo governo alemão a empresa. E o novo C25, antecipado apenas por renderizações, promete atrair olhares no Salão de Genebra, no início de março. A marca, especializada em modelos da compatriota Mercedes-Benz, dotou o grã-turismo de um estilo mais anguloso e agressivo do que do SL que lhe emprestou a base. O motor também foi emprestado do SL65 AMG Black Series. Trata-se do conhecido V12 6.0 biturbo, mas que, com alguma preparação adicional, tornou-se capaz de despejar nas rodas traseiras 753 cv de potência e 134,6 kgfm de torque a 3.750 rpm, uma força tão brutal que tem que ser limitada a 117,2 kgfm, para não triturar a transmissão com um câmbio automático de seis marchas.
O desempenho é digno dos melhores superesportivos, com uma aceleração de zero a 100 km/h cumprida em irrisórios 3,7 segundos e velocidade máxima de 352 km/h. De acordo com a Carlsson, todo esse poderio não transforma o C25 em um modelo intratável no dia-a-dia. O carro conta com todo o aparato de segurança encontrado nos Mercedes-Benz, como controles eletrônicos de estabilidade e de tração, freios ABS e múltiplos airbags.
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A suspensão C-Tronic tem controle eletrônico e reconhece automaticamente as condições do piso, ajustando os parâmetros de rodagem de acordo com a utilização. A estabilidade é ainda reforçada pelos generosos pneus 265/30 na dianteira e 325/25 na traseira. As rodas de 20 polegadas são em alumínio forjado, prensado em um bloco único de metal, em um processo que garante uma peça mais leve e resistente do que a convencional, feita pelo método fundido. Cada uma das rodas pesa apenas 11,2 kg, 40% a menos que uma normal.
Em estilo, o capô alongado guarda semelhanças com o SL, mas com novos grupos ópticos, grandes entradas de ar trapezoidais nos para-choques e fendas alongadas nos para-lamas dianteiros. As entradas de ar nos para-choques e para-lamas traseiros permitem uma melhor ventilação dos freios oriundos das pistas, com 405 mm na dianteira e 380 mm na traseira. Os ombros da carroceria estão mais pronunciados, enquanto a traseira adotou um formato arrojado, com spoiler integrado e vidro contínuo, sem a imagem de um cupê cabriolet como o original. Um difusor deixa o C25 preso ao asfalto sem a necessidade de apêndices aerodinâmicos. A impressão final é de que apenas os retrovisores foram mantidos.
Embora ainda não tenha divulgado imagens do interior, a Carlsson assegura de que o carro estende as linhas trapezoidais da dianteira e traseira ao volante, além do console e bancos. Os instrumentos são voltados ao motorista e o requinte é garantido pelo uso de fibra de carbono e couro de Búfalo. Para reafirmar que o C25 é um carro para as ruas, não há acessórios como bancos tipo concha ou gaiola de segurança.
A exclusividade é garantida pela produção, limitada a apenas 25 unidades. De acordo com a marca, toda a produção deste ano já foi vendida. Além da limitação numérica, a Carlsson também controla o destino de cada um dos C25. Será apenas um exemplar destinado a cada país.