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C-Cactus - Ecologia total

Carro-conceito da Citroën aposta na racionalização e reciclagem para produzir veículo com baixo consumo e comedido no uso das matérias-primas da construção

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Um filão que está sendo muito explorado pelas montadoras junto ao público é mostrar preocupação ecológica. Uma boa forma de exibir esse interesse é pelos carros-conceito, até mesmo porque podem apresentar tecnologias e solução que ainda não estão disponíveis para adoção em grande escala. No Salão de Frankfurt, que abre ao público no dia 13, um dos exemplos será o C-Cactus, que se propõe a ser um sedã ecológico e lúdico, com preço inferior ao da versão mais barata do C4. Para cumprir este objetivo, foram eliminados alguns equipamentos não essenciais.

O motor é híbrido, movido a diesel e eletricidade, o que ajuda no consumo de 29,4 km/l no ciclo misto. O conjunto é composto por um propulsor tradicional de 70cv e um elétrico de 30cv. No uso urbano o funcionamento é principalmente elétrico, sem emissões e silencioso. Em situações em que maior potência é exigida, ambos movimentam o carro simultaneamente. A velocidade máxima é de 150km/h. Ajudada por um peso de 1.306kg, relativamente pouco para um carro com dois propulsores e baterias embarcadas.

Janelas fixas na traseira permitem desenho pouco convencional para as portas. Controles agrupados no volante têm por objetivo diminuir número de componentes

Para simplificar o processo de produção e deixar o veículo mais leve, o interior do veículo, por exemplo, é feito com 200 peças, a metade do que é usado em veículos convencionais. Exemplos dessa racionalidade estão na integração do conjunto console e painel em um mesmo elemento. Os comandos para as principais funções foram todos colocados no centro do volante e a peça que engloba os faróis é a mesma usada para as luzes traseiras. Até mesmo o sistema de abertura dos vidros foi repensado.

Mas isso não implica falta de criatividade no estilo. As linhas são suaves e arredondadas, e os vidros laterais traseiros fixos permitem brincar com a forma das portas. A linha de cintura alta e as rodas de 21 polegadas contribuem para a aparência robusta. Os pneus de baixo atrito também contribuem para o visual do carro, já que têm desenhos nas cores verde e branca na ranhura da banda de rodagem. Por dentro, a escolha foi por um ambiente limpo e claro, com desenhos evocando a natureza em baixo relevo.

A racionalização também permite reduzir o consumo de matérias-primas, novamente em favor da ecologia. E o número de peças recicláveis, tais como o pára-brisas e janelas, pneus e chapas das portas (que não usam pintura, apenas têm tratamento anticorrosão), também está acima dos carros normais. O carro também faz uso de materiais reciclado, como os tapetes feitos de restos de couro não usados pelos curtumes. Quando não é possível reciclar, a escolha é por matérias-primas biodegradáveis, como lã e cortiça.