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Boris responde - 29/01/2012

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RISCO

É preciso muita cautela antes de contratar um seguro de frota

Ana Lígia Chaves - Campina Grande (PB)

Em um de seus programas, você falou sobre seguro de frota, dizendo que esse tipo de seguro não é aceito pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Por coincidência, nesse mesmo dia recebi um panfleto com a publicidade do seguro de frota, com valor a partir deR$ 15 %2b rateio. O site deles (www.frotasegura.com) está em construção e a empresa tem escritório fixo na nossa cidade. Então, gostaria de saber mais sobre esse assunto.

Ana, cada caso é um caso, e eu não conheço esse plano especificamente. Mas toda vez que você paga antecipadamente para receber um serviço ou um produto, há um risco envolvido. Por isso, as seguradoras oficiais são controladas pela Susep. O "frota segura" pode ser honesto, mas vários outros semelhantes deram prejuízo aos clientes, oferecendo serviço de péssimo nível ou simplesmente fechando as portas e sumindo com o dinheiro. Por isso, é importante que a empresa seja controlada pelo governo. Mesmo assim ainda acontecem os "canos"...

AUMENTO


 

Carro usado não valoriza na mesma proporção que o IPI

Hudson Dias Domingues Almeida - Capelinha (MG)

Tenho um Honda CR-V 2010/2010 que, pela tabela da FIPE, vale R$ 75.150. Esse mesmo carro zero-quilômetro custa R$ 85.400. Com o aumento do IPI, que é de 30%, ele deve ir para R$ 111.020. Pergunto: o meu usado vai ter a mesma valorização do carro zero? Mesmo que não seja a mesma valorização, mas ele acaba valorizando mais ou não?

Hudson, as contas não são bem essas, pois o aumento é só no IPI e não no preço final do carro. E, mesmo assim, as fábricas não estão aplicando os 30 pontos percentuais de aumento no preço de tabela. A VW, por exemplo, aumentou em apenas 8% o preço do Tiguan. O carro usado não valorizará na mesma proporção que o zero.

PNEUS

Medidas diferentes provocam alterações no velocímetro e relação de marchas

Tony Cajaiba Cintra - Milagres (BA)

Tenho um Ford Focus sedã 1.6, cujos pneus 195/60 R15 custam em torno de R$ 350 (à vista) em lojas especializadas. Só que, nos hipermercados de atacado, vi que o pneu 195/65 R15, da mesma marca (Firestone), custa R$ 279. Minha dúvida é: posso usar esse pneu mais barato, mesmo com a diferença de medida entre o 60 e 65?

Oi, Tony. Não há grandes problemas em você substituir o pneu de perfil 60 pelo 65. Haverá uma pequena diferença na marcação do velocímetro e hodômetro (um pouco mais do que andou de fato) e o centro de gravidade vai se elevar um pouco também, prejudicando ligeiramente a estabilidade. Ah, não se esqueça de que haverá também uma alteração na relação de marchas e o carro vai ficar um pouco mais "longo", ou seja, vai exigir menos rotação do motor para a mesma velocidade.

FÔLEGO

Qual a importância da potência e do torque no desempenho do carro?

Geraldo B. Clementino - Patos de Minas (MG)

Gostaria de saber o que é torque, potência ou cv. Exemplo: entre um motor 1.6, que desenvolve 117 cv; e outro 2.0, que gera 113cv, qual tem mais arrancada ou velocidade final e qual anda mais?

Geraldo, "cv" é a unidade que mede potência. Entre os dois exemplos que você deu, é preciso saber outras características dos motores e dos carros, como curva de torque e de potência (a que giro eles estão no máximo), o peso do carro, a relação de marchas de cada um, etc. Se fossem os dois motores no mesmo automóvel, ficaria faltando saber qual o torque de cada motor.

AMACIAMENTO

Motorista deve evitar rotações muito alta nos primeiros quilômetros

Maurício Lima - mauricioalexandre@yahoo.com.br

Gostaria de um esclarecimento sobre amaciamento de motores de veículos, pois os fabricantes falam que não há necessidade de amaciar o motor. Entre amigos vem sempre aquela discussão: se o veículo nos primeiros 1000 quilômetros é submetido a altas velocidades, seja ele 1.0 ou 2.0, no futuro ele será esperto, deixando de ser aquele carro lento que você pisa e não anda. Verdade ou mito?

Maurício, com as novas tecnologias aplicadas nos projetos e montagem dos motores, o amaciamento já não é mais necessário, pelo menos durante os 5 mil quilômetros iniciais que se recomendava antigamente. Mas poupar o carro durante os primeiros 500 quilômetros, não exigindo tudo do motor, é uma prática recomendável e que garante o máximo desempenho no futuro.

NACIONAIS



Nossos modelos são mais caros e pelados que argentinos, chineses e mexicanos

Sidnei Paiva Dias - Sidneipd@hotmail.com

Acho "chover no molhado" dizer que 90% da população brasileira não tem poder aquisitivo para comprar um carro. Também penso que, devido aos patrocinadores, poucos órgãos de imprensa comentam sobre os carros chineses, dos quais as pessoas têm muitas dúvidas. Gostaria também que você falasse a respeito do aumento de IPI, dado como protecionismo às montadoras nacionais, que só vendem carros caros e pelados, sendo o nacional mais caro que os argentinos e mexicanos, que não saem de fabrica sem os devidos itens de segurança e conforto que aqui são vendidos como acessórios. Enfim, carro no Brasil ainda é coisa muito cara e a corrida de preços só diminui com a concorrência de importados. Seria bom atingir interesses de classes menos abastadas deste país, não?

Sidnei, quanto aos quadros dedicados a carros sofisticados, como dizia nosso ídolo Joãozinho Trinta: quem gosta de pobreza é gente rica, o povão gosta é de muito luxo mesmo! Teste com o Chery QQ: o importador não manda o carro para teste, provavelmente com medo da nossa avaliação. A única marca chinesa que teve modelos testados no Vrum (programa e caderno) foi a JAC.

PERUA



Leitor fica indignado com o fim da Toyota Fielder

Fábio Garcez - garcez01@gmail.com

Tenho uma Fielder ano 2005 e descobri o quanto esse carro é bom, mas fiquei intrigado com o fato de a Toyota ter parado a produção desse modelo.

Fábio, as fábricas pouco explicam suas estratégias, e a Toyota menos ainda... A Fielder era uma ótima perua, mas suas vendas são menores do que as da modelo sedã. Então, ela não foi lançada quando o Corolla passou por sua última atualização. Já reparou que várias outras peruas médias deixaram de ser fabricadas no Brasil, pois o mercado está preferindo comprar os monovolumes?

PALIO



Falhas na injeção devem ser diagnosticadas com equipamento adequado

Janaina Lacerda - Camaquã (RS)

Sou proprietária de Palio ano 2005/modelo 2006 1.0 8V que apresentou o seguinte problema: quando virava o arranque, ele não pegava. Mas depois de esperar de 15 a 20 minutos, dei a partida e ele pegou. Passados dois meses, o carro apresentou o mesmo problema duas vezes. Falaram-me que pode ser o sensor de rotação, mas, antes disso, disseram que poderia ser o relé da bomba de gasolina.

Oi, Janaína. Em automóveis com sistema de injeção eletrônica, um problema como esse só pode ser diagnosticado numa oficina com computador adequado. É só conectá-lo para ter uma indicação do que está provocando a dificuldade em pegar.

CONSUMO

 

Média apontada pelo computador de bordo não bate com cálculos

Geraldo Vanderlei - geraldinhoeletricista@yahoo.com.br

Como funciona o computador de bordo do meu carro em relação aos km/litro? Toda vez que abasteço, eu zero o computador para poder fazer a média. Depois de rodar uma semana, eu volto a encher o tanque até a bomba do posto travar e, em seguida, faço os cálculos de maneira tradicional, ou seja, divido os quilômetros rodados pela quantidade de litros que coube. Pela segunda vez obtenho a média de 13,9km/l, enquanto o computador me diz que o consumo médio foi de 16,1km/l. Meu veículo só tem dois meses de uso. Onde estou errando?

Geraldo, as suas contas estão sendo feitas corretamente, mas estão mais sujeitas a erros do que o computador, pois a bomba pode estar interrompendo um pouco antes ou depois, ou o carro pode estar meio inclinado ou outro fator de erro qualquer. Para que suas contas sejam corretas, é necessário fazer outras medições para achar uma média mais exata. Se ainda assim houver divergência, é porque o computador de bordo está defeituoso. Ou a fábrica está de sacanagem para fazer crer que o consumo é menor do que o real....