FOCUS
Por que o volante vibra
depois dos 110km/h?

Hugo Felipe dos Santos
Vitória (ES)

Tenho um Ford Focus 08/09. Há pouco comprei quatro pneus novos e mandei fazer alinhamento e balanceamento. Entretanto, percebo uma vibração no volante quando o carro está entre 110km/h e 120km/h. Chegando próximo aos 140km/h a vibração para. O que pode estar causando este problema?

Oi, Hugo, infelizmente, a descrição do problema leva naturalmente a rodas desbalanceadas e não consigo imaginar outro defeito que possa provocar a vibração. Insista no balanceamento.

CALIBRAGEM
É preciso esfriar o pneu
antes de encher?

Eduardo Almeida Fernandes
eduardo.piolho@gmail.com

Até quantos quilômetros eu posso rodar antes de considerar os pneus quentes demais para uma calibragem confiável? O posto onde costumo ir fica a uns 2,5 quilômetros de casa. Depois dos pneus quentes, quanto tempo leva (carro na garagem, a 24 graus) para eles esfriarem a ponto de se poder fazer uma calibragem confiável?

Oi, Eduardo, não existe uma regra para isso. É questão de você mesmo perceber se os pneus esquentaram ou não. Proteja a mão (para não queimar!) e veja se estão quentes ou não. Outra coisa: se você precisar emergencialmente de calibrá-los mesmo quentes, coloque umas três ou quatro libras adicionais. Mas depois, quando estiverem frios, volte a verificar se a pressão está correta.

MOTOR
Por que o preconceito
com os multiválvulas?

João Sabará Gonçalves
jsgsabara@yahoo.com.br

Tenho um Fiat Stilo 16V 1.8, 02/03, e, ao procurar algumas agências para negociar a troca ou venda, fiquei surpreso pelo que todos me disseram: "Carro 16 válvulas eu não pego mais, talvez nem a própria concessionária queira pegar." Daí eu pergunto: por que o medo excessivo com carros 16V, tanto da parte das agências quanto de mecânicos?

Caro João, tem uns tantos mitos no mercado brasileiro. Carro quatro portas era odiado, por exemplo. E agora, o furor dos comerciantes do setor se virou contra os motores 16 válvulas, que são muito melhores que os de oito. Entretanto, no caso de uma retífica, o custo será um pouco maior, só isso.


MOTOR 16V
É melhor dirigir em
giros elevados

Cleber Machado
clebermbr@yahoo.com

Tenho um Peugeot 307 1.6 16V e minha mulher um Renault Clio 1.0 16V. Estou com dúvida com relação a como guiá-los. Posso dirigir ambos em baixa rotação, mudando as marchas ao alcançar 2.000rpm, para economizar combustível? Ou isso estraga o motor do carro? De nada adianta economizar no combustível com prejuízo na mecânica. Me ajuda!

Olha Cleber, pode reduzir seu nível de preocupação: os motores multiválvulas (16, no seu caso) oferecem melhor desempenho em giros mais elevados. Mas, nada impede que você mantenha o motor em rotações mais baixas.

RETROVISORES
Parece que está longe,
mas está perto

Alan de Freitas Passos
alanfpassos@hotmail.com

Por que os carros novos trazem retrovisores que diminuem a imagem dos dois lados? Qual a lógica disso? Acabo sempre conferindo pelo retrovisor que existe dentro do carro.

Caro Alan. O espelho que diminui a imagem é o convexo, que normalmente vem com uma mensagem escrita informando que os objetos nele refletidos estão mais próximos do que parecem. A vantagem dele é ampliar o campo de visão. Quanto aos retrovisores dos dois lados, no dia em que você estiver dirigindo numa estrada de três ou quatro faixas em cada pista, vai entender a utilidade do espelho direito: é para mostrar os veículos que estão vindo numa faixa à sua direita e próximos do seu carro. Tão próximos que o retrovisor interno não mostra. Aliás, se estiverem mesmo muito próximos, nem o externo.


PNEUS
Dificuldade na reposição
gera dúvida em leitor

Bruno de A. Ribeiro
br.ribeiro@yahoo.com.br

Tenho um Nissan Tiida com 3 mil quilômetros rodados, equipado com pneus 195/55 R16 86H ContiProContact.Preciso trocar um pneu que está avariado e descobri que o mesmo não é importado pela Continental. Este pneu não está disponível nem na concessionária Nissan. A solução é trocar por outro modelo com as mesmas especificações. Mas, nesse caso, teria que trocar dois do mesmo eixo. O que você recomenda?

Caro Bruno, lamento, mas minha sugestão vai obrigar você a gastar um pouco mais. Meu conselho é que você realmente troque dois pneus para evitar modelos diferentes nos dois lados de um eixo, o que pode comprometer o comportamento do carro em freadas e curvas.


TROCA
Posso mudar o
perfil dos pneus?

Macdowell Batista Costa
odetemac@hotmail.com

Tenho um Fiat Palio 1.4, 09/10, equipado com rodas de aço aro 14 polegadas e pneus com perfil 60. Pergunto se na próxima troca posso colocar pneus com perfil 70?

Oi, Macdowell. Colocando pneus de perfil mais alto, o carro também fica mais alto e consequentemente se altera o centro de gravidade e isso pode comprometer a estabilidade. Além de mudar a relação final da transmissão, o pneu mais alto tende a dobrar mais em curvas, o que não é bom.


DÚVIDAS
Esclarecendo a sopa
de letrinhas do carro

Ivagner Ferreira
Belo Horizonte

O que significam rpm, kgfm e cv?

Caro Ivagner, suas dúvidas se referem ao motor do carro e são medidas internacionais. A tal rpm não é apenas uma banda de rock dos anos 1980, mas são as rotações por minuto que o motor dá quando está funcionando. Já o kgfm é a medição da força do motor, definida em quilograma/força/metro. E o cv são os cavalos ou a potência do propulsor.


CONSUMO
Trocas de marchas no
tempo certo influenciam?

Etio Meira dos Santos Júnior
etiomsj@gmail.com

Tenho uma dúvida sobre a relação rotações/torque máximo e consumo de combustível do veículo. Você disse que para se obter boa economia num motor é preciso trocar as marchas na faixa de torque máximo, especificada pelo fabricante do veículo. Tomemos, então, como exemplo o Chevrolet Celta, que tem torque máximo por volta de 5.000rpm. Essa não seria uma faixa muito elevada para se trocar as marchas, considerando o Celta ser um carro 1.0? Não seria forçar demais o motor nas trocas, já que o Celta tem relações muito curtas entre as marchas?

Caro Etio. Disse e continuo dizendo, embora possa parecer estranho: a melhor faixa de rotação para se economizar combustível é a de torque máximo, mesmo quando ele se dá em faixas mais elevadas.