Estão sendo testadas na cidade de São Paulo (SP) as baterias compartilhadas em estações. Esse novo modelo de negócio voltado especificamente para motos elétricas faz com que os motociclistas possam trocar uma bateria descarregada na estação de carregamento por outra cheia.
Diferentemente do automóvel, que precisa ser carregado por tomadas e plugues elétricos, as motos e scooters elétricos estão começando a ter baterias facilmente removíveis.
Após produzirem juntos uma moto elétrica de baixo custo com essa tecnologia de bateria removível, as empresas iFood e Voltz criaram uma rede de troca de baterias, com estações nas quais os usuários trocam o componente de forma rápida e prática.
Ainda restritos a São Paulo, já existem 33 totens de carregamento em 19 postos de combustíveis. Nesse conceito, o usuário não tem a posse das baterias, e paga, portanto, um valor fixo para o uso compartilhado.
Segundo as empresas, as assinaturas tem planos a partir de R$ 129 mensais na franquia de até 2 mil quilômetros. Há também planos maiores: o valor da mensalidade sobe para R$ 219 com franquia de até 4 mil quilômetros. E há ainda a opção com quilometragem livre, por R$ 319 mensais. Importante dizer que estes valores são apenas para o uso da rede de baterias compartilhadas.
A meta das empresas é chegar a 100 estações em São Paulo, e, depois, expandir para outras capitais.
Baterias compartilhadas no Japão
Já em testes no Brasil, as unidades recarregáveis compartilhadas serão realidade também no Japão. A Honda lançou nesta semana a sua primeira estação de baterias intercambiáveis, que já está à venda no país asiático.
A montadora japonesa tem interesse em oferecer o serviço para fabricantes de motos elétricas em geral. No projeto da Honda, a estação pode carregar várias módulos simultaneamente. Além disso, tem alimentação própria para continuar carregando e alugando as baterias mesmo se houver apagão.
Por meio de um cartão individual, o usuário é capaz de desbloquear a estação, acessar os itens em recarga e ver quais estão disponíveis para uso.
Caso as motos elétricas se tornem populares em outros países, a Honda vai expandir o serviço. Na Índia, por exemplo, a estação poderá servir aos triciclos "riquixás", que fazem serviço de táxi.
Sim. As motos elétricas estão sujeitas às mesmas leis de trânsito que regem as similares convencionais, com motor a combustão. Portanto, para dirigi-las, é preciso ter carteira de habilitação do tipo A ou de Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), caso o modelo se encaixe nesse segmento.
Sim. O proprietário deve providenciar o emplacamento e arcar com as respectivas despesas.
A moto elétrica mais barata do Brasil é a Shineray SHE-S, com preço de R$ 19.290.